Pista da Linha Amarela, sentido Fundão, com o reforço de segurança sendo realizado por equipes do RECOM, em apoio ao BPVE, na altura da Vila do João. Por segurança, o fluxo de trânsito pode ser interrompido, em virtude de uma operação. Foto: PMERJ
Pista da Linha Amarela, sentido Fundão, com o reforço de segurança sendo realizado por equipes do RECOM, em apoio ao BPVE, na altura da Vila do João. Por segurança, o fluxo de trânsito pode ser interrompido, em virtude de uma operação. Foto: PMERJ

Rio de Janeiro - Uma criança de 10 anos foi atingida por bala dentro de uma sala de aula no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, durante um intenso tiroteio provocado por uma operação policial na manhã desta quarta-feira (26). O caso ocorreu no momento em que agentes da segurança realizavam uma ação no bairro.

Por conta da ocorrência, a Linha Amarela precisou ser totalmente interditada no sentido Fundão, na altura da Vila do João, segundo informou o Centro de Operações e Resiliência da Prefeitura do Rio (COR-Rio).

Vítima foi socorrida e será transferida para hospital com mais estrutura

A criança foi atendida inicialmente numa unidade de saúde local — a clínica da comunidade — e, segundo relatos, será transferida para o Hospital Estadual Getúlio Vargas (HEGV), que dispõe de melhor estrutura para o atendimento de emergência.

Até o momento não há informações públicas sobre o quadro de saúde da vítima nem detalhes sobre quais foram os disparos (se de polícia ou de traficantes), o que ressalta a gravidade e a urgência de uma apuração rigorosa.

Impacto e repercussão: medo, insegurança e ameaça às escolas

O episódio reforça a sensação de vulnerabilidade que muitos moradores do Complexo da Maré e de outras favelas já vivenciam diante de operações policiais. Pesquisas e relatos de moradores apontam que incidentes como este têm efeitos duradouros sobre crianças e adolescentes — não apenas na saúde física, mas também no psicológico, na frequência escolar e no sentimento de pertencimento à comunidade.

Além disso, o evento reacende questionamentos sobre segurança pública e a proteção de comunidades vulneráveis durante ações de polícia, especialmente em áreas densamente povoadas como a Maré.