
A obra do Metrô na Gávea, paralisada por dez anos, ganhou ritmo. Em visita técnica, o CREA-RJ constatou avanço e reforçou a importância da retomada para a mobilidade e a segurança do entorno. O projeto movimenta empregos e traz prazos definidos.
Visita técnica do CREA-RJ confirma avanço na Gávea
Desde o ano passado, o presidente do CREA-RJ, engenheiro Miguel Fernández, alerta para a retomada das obras do Metrô na Gávea. Na manhã desta segunda-feira, ele participou de uma visita técnica que confirmou o avanço diário dos trabalhos. Estiveram presentes a secretária estadual de Transportes, Priscila Sakalem, e o deputado estadual Luiz Paulo Corrêa da Rocha, engenheiro civil desde 1972.
Segurança, mobilidade e economia
“É fundamental essa retomada das obras que estavam paralisadas e representavam um grande risco à sociedade (…). Isso traz segurança à população do entorno, da PUC, e melhora a mobilidade”, disse Miguel Fernández, que parabenizou o Metrô e a secretária Priscilla Sakalem pela retomada, destacando geração de empregos e desenvolvimento econômico.
Investimento, prazos e benefícios
- Investimento estimado: R$ 690 milhões.
- Benefício total: 20 mil pessoas.
- Impacto imediato: 7 mil passageiros/dia poderão embarcar para a estação de São Conrado, em direção à Barra da Tijuca.
- Previsão de entrega: 2º semestre de 2028, segundo o engenheiro Rodrigo Jurdi (Consórcio Rio Gávea).
- Empregos: cerca de 1.200 vagas entre engenheiros e operários; atualmente, o canteiro ao lado da PUC recebe 120 pessoas por dia.

Obra retomada em maio: foco em segurança
O diretor de implantação do Metrô Rio, Silvio Godoy, informou que a obra foi retomada em maio com a retirada da água de poços formados por dois troncos de cilindro.
- Volume removido: cerca de 10 mil litros; faltam 30 mil.
- Ritmo por segurança: 50 cm/dia.
- Monitoramento com drones verifica a estabilidade dos poços e de prédios vizinhos.
- A água é lançada no Rio Rainha, ao lado da PUC.
Parecer técnico e plano de contingência
O deputado Luiz Paulo disse estar satisfeito com as respostas do engenheiro Rodrigo Jurdi sobre a segurança.
- Há um “plano B” com mais de duas dezenas de pontos para bombear rapidamente a água e rebaixar o lençol freático, reduzindo pressões laterais nas paredes do grande buraco.
- A obra é relevante para a engenharia por reunir tecnologias de controle e de escavação.
Próximas etapas e desafios
- Ainda faltam escavar 200 metros de rocha, com uso de explosivos.
- O “tatuzão”, de mais de 2 mil toneladas, segue desativado por problemas elétricos após a paralisação em 2015.
- A comitiva percorreu cerca de 1 km no túnel onde serão instalados os trilhos, a 60 metros de profundidade.
- Os trilhos terão 3,2 km até São Conrado.
- Apesar da parada, a rocha não apresenta infiltração ou vazamento.
- Acesso ao túnel: Travessa Madre Jacinta, perto do nº 324 da Rua Marquês de São Vicente.
Comitiva e fiscalização
Além do presidente, participaram pelo CREA-RJ: o diretor Alexandre Vacchiano (coordena o Grupo de Trabalho de Mobilidade), os superintendentes técnico e administrativo Leonardo Dutra e Édipo Ázaro, o gerente de fiscalização Cosme Chiniara e assessores. Fiscais da Rio Trilhos acompanharam a visita.