Rio de Janeiro - O Centro Estadual de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (CEMADEN-RJ) emitiu uma nota oficial na noite desta quarta-feira (12) sobre o tremor de terra de magnitude 2.0, registrado em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro, na tarde de terça-feira (11). O abalo sísmico ocorreu às 13h07 e foi detectado pelas estações da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) e analisado pelo Centro de Sismologia da USP.
Apesar do registro, não houve relatos de que moradores tenham sentido o tremor, e não foram identificados danos estruturais ou riscos à população. De acordo com o CEMADEN-RJ, o estado do Rio de Janeiro está localizado longe de zonas tectonicamente ativas, ou seja, áreas onde ocorrem grandes deslocamentos de placas tectônicas.
“Ainda que o território fluminense possua falhas geológicas profundas, esses movimentos são ocasionais e ocorrem por processos naturais de acomodação de tensões internas da crosta terrestre. No caso do Rio de Janeiro, esses eventos resultam em pequenos tremores de baixa magnitude, sem impactos à superfície ou risco à população”, informou o órgão.
Monitoramento sísmico segue ativo
A Defesa Civil de São Gonçalo confirmou que não houve danos registrados na cidade. As equipes do CEMADEN-RJ e demais órgãos responsáveis pelo monitoramento seguem acompanhando possíveis novas ocorrências.
O CEMADEN-RJ também destacou que não recebeu alertas de sismos significativos de órgãos federais responsáveis pelo monitoramento sísmico nacional, reforçando que o evento não representa qualquer risco para os moradores da região.
Entenda a magnitude do tremor
Os tremores de baixa intensidade, como o registrado em São Gonçalo, são comuns no Brasil e, geralmente, ocorrem devido a movimentações geológicas internas que afetam pequenas fraturas na crosta terrestre.
Segundo a classificação internacional de magnitude:
- Até 2,5: Não é sentido pela população, apenas por sismógrafos.
- 2,5 a 5,4: Pode ser sentido, mas dificilmente causa danos.
- 5,5 a 6,0: Pode causar danos leves em estruturas.
- 6,1 a 6,9: Provoca destruição significativa em áreas povoadas.
- Acima de 7,0: Considerado um grande terremoto, com danos severos.
A Escala Richter, apesar de ainda amplamente conhecida, já não é mais a principal referência para terremotos de grande porte, sendo substituída por métodos mais modernos utilizados por agências internacionais de monitoramento sísmico.