BioParque reabre, mas com uma área isolada — o que aconteceu?

Rio de Janeiro - O BioParque do Rio reabrirá parcialmente ao público nesta quinta-feira (24/07) após a confirmação da morte de galinhas-d’angola infectadas pelo vírus da gripe aviária (H5N1). A decisão foi tomada após reuniões com autoridades sanitárias e adoção de medidas rigorosas de biossegurança.

A área onde as aves estavam, chamada Savana Africana, permanecerá isolada por 14 dias, enquanto as demais áreas do parque poderão ser visitadas normalmente.

Vírus foi confirmado por laboratório federal

O diagnóstico da infecção por influenza aviária foi confirmado por exames realizados no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), em Campinas, e validados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária.

Ao todo, nove galinhas-d’angola morreram na área afetada. A Secretaria de Estado de Agricultura, a Defesa Agropecuária, a Secretaria de Saúde e o Ministério da Agricultura participaram das ações de controle.

Áreas reabertas seguem monitoradas

Segundo o superintendente de Defesa Agropecuária, Paulo Henrique Moraes, o acesso à Savana Africana será restringido por 14 dias. Caso nenhum novo caso seja detectado, a área será liberada. Todas as demais regiões do parque estão liberadas com autorização dos órgãos competentes.

“A gripe aviária tem transmissão rara para humanos e só ocorre por contato direto com aves doentes. Todos os animais estão sendo monitorados, e nenhum outro apresentou sinais da doença”, explicou Paulo.

Funcionários em monitoramento

Quinze funcionários que tiveram contato com as aves estão sendo monitorados pelas Secretarias Estadual e Municipal de Saúde. Até agora, nenhum apresentou sintomas. O acompanhamento será feito por 10 dias.

Caso algum sintoma respiratório seja detectado, será aberto protocolo de caso suspeito humano, com coleta de amostras para análise no Lacen-RJ e na Fiocruz.

Medidas adotadas para conter o vírus

As autoridades responsáveis informaram que todas as ações de prevenção estão em curso:

• Isolamento total da área afetada
• Monitoramento clínico de todas as aves
• Rastreamento e vistorias técnicas
• Controle de entrada e saída de pessoas e materiais
• Quarentena preventiva por 14 dias na Savana Africana

A gripe aviária H5N1 não é transmitida pelo consumo de carne ou ovos, mas é considerada de alto risco para aves e requer resposta rápida para evitar propagação.

Compromisso com a segurança dos visitantes

O BioParque do Rio reforçou, em nota oficial, que segue comprometido com o bem-estar animal e a segurança do público, atuando em parceria com todas as autoridades sanitárias para manter o parque em operação com responsabilidade.

FAQ

O BioParque já está aberto?
Sim, a partir de quinta-feira (24/07) o parque será reaberto parcialmente, com restrição de acesso apenas à Savana Africana.

Qual a causa da morte das aves?
As galinhas-d’angola morreram por gripe aviária (H5N1), confirmada por exame laboratorial.

A gripe aviária pode ser transmitida para humanos?
É raro. A transmissão ocorre apenas com contato direto com aves infectadas, por secreções.

Os funcionários do parque estão em risco?
15 pessoas estão em monitoramento preventivo pelas secretarias de saúde, mas nenhuma apresentou sintomas até agora.