Rio de Janeiro - O Brasil entra para a história da inovação sustentável com a exibição inédita do protótipo do primeiro barco movido a hidrogênio verde com geração a bordo, apresentado nesta semana na Marina da Glória, durante o Rio Boat Show 2025.
A embarcação Explorer H1 é parte de um projeto ambicioso liderado pela JAQ Apoio Marítimo, do Grupo Náutica, em parceria com o Itaipu Parquetec, centro referência em tecnologias de hidrogênio verde (H2V) no Brasil. O diferencial? É o único sistema no mundo que produz e utiliza hidrogênio a bordo, com emissão zero de carbono.
“Não falamos mais do futuro. O hidrogênio verde é o presente. Estamos aqui para provar que é possível navegar sem emitir carbono”, destacou Ernani Paciornik, presidente do Grupo Náutica.
Três fases, uma revolução verde
Com investimento estimado em R$ 150 milhões, o projeto será executado em três fases:
- Fase 1: Lançamento da Explorer H1 para exposições, com áreas internas alimentadas por H2V.
- Fase 2: Adaptação da embarcação com motor híbrido (20% hidrogênio e 80% diesel), reduzindo até 80% das emissões.
- Fase 3: A chegada da Explorer H2, com sistema 100% autônomo, capaz de dessalinizar a água do mar e gerar hidrogênio verde on board, promovendo um ciclo totalmente limpo.
“O desafio técnico é imenso, mas estamos criando um ciclo sustentável completo. A eletrólise da água do mar gera hidrogênio que se transforma em eletricidade. O subproduto? Apenas vapor d’água”, explicou Eduardo Colunna, diretor de Inovação da JAQ e presidente da Acobar.
Características das embarcações
- Explorer H1: 36 metros, com hidrojatos para navegação em águas rasas. Estará na COP30, em novembro de 2025, em Belém (PA).
- Explorer H2: 50 metros, equipada para apoiar operações de mergulho e coleta de dados ambientais. Está em construção no Guarujá (SP) e deve ser entregue em 2026.
O papel do Grupo Náutica
Com mais de quatro décadas de atuação, o Grupo Náutica é referência em inovação e sustentabilidade na indústria náutica, organizando eventos como o Boat Show nas principais capitais brasileiras e apoiando campanhas de educação ambiental como “Só Jogue na Água o que Peixe Pode Comer”, de Ziraldo.