
O Aterro do Flamengo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, vai ganhar uma nova área de lazer e convivência à beira da Baía de Guanabara. Um projeto de R$ 7,8 milhões vai transformar uma área hoje tomada por construções e asfalto em 20 mil m² de área verde, caminhos para pedestres e espaços para eventos. A mudança reforça a vocação da Orla Burle Marx como um dos principais cartões-postais de lazer ao ar livre da cidade.
Aterro do Flamengo ganha 20 mil m² de área verde e lazer
O Parque do Flamengo terá uma grande frente reurbanizada nas proximidades do Museu de Arte Moderna (MAM), em um trecho que hoje abriga um posto de gasolina, uma locadora de veículos e um estacionamento. Toda essa área será demolida e convertida em um grande parque público, aberto e integrado à paisagem do Aterro.
Com a obra, serão 20 mil metros quadrados destinados a área verde, circulação de pedestres, espaços para eventos e novas conexões entre o parque, o MAM e a casa de shows Vivo Rio. A proposta é reduzir o impacto urbano de estruturas fechadas e ampliar a oferta de lazer gratuito para moradores e visitantes.

Segunda fase da revitalização da Orla Burle Marx
A intervenção marca a segunda fase de revitalização da Orla Burle Marx. A partir deste domingo (23), começam as obras nessa nova frente do Aterro, com previsão de conclusão até junho de 2026, mantendo o parque em funcionamento durante a execução do projeto.
A primeira etapa da revitalização foi entregue em 2024, por ocasião da Cúpula do G20, quando o entorno do Vivo Rio foi requalificado. Nesse trecho, foram investidos R$ 32 milhões, incluindo a recuperação do jardim japonês, que estava abandonado há cerca de 25 anos.
Projeto é assinado pelo escritório Burle Marx
O novo desenho da orla é assinado pelo escritório Burle Marx, responsável pela atualização do projeto original do parque. Estão previstos 20 mil m² de paisagismo e pavimentação, cerca de 4 mil metros de nova iluminação pública e mais de 6 mil m² de asfalto renovado na área de conexão com o sistema viário.
Além disso, o plano inclui a criação de uma área de embarque e desembarque para táxis e veículos por aplicativo, facilitando o acesso de quem frequenta o MAM, o Vivo Rio e a própria Orla Burle Marx. Dessa forma, o projeto busca equilibrar mobilidade, segurança viária e conforto para o público que utiliza a região em shows, exposições e eventos culturais.

Parque é marco do urbanismo moderno no Rio
Inaugurado em 1965, o Parque do Flamengo é considerado um marco do urbanismo moderno brasileiro, idealizado por Carlota de Macedo Soares, com projeto do arquiteto Affonso Eduardo Reidy e paisagismo do artista Roberto Burle Marx. A nova fase de revitalização reforça essa herança, atualizando o espaço para as demandas de lazer, mobilidade e preservação ambiental do século 21.
Com a transformação de áreas antes ocupadas por usos comerciais e estacionamento em parque público, a cidade ganha mais sombra, verde, espaços de convivência e circulação segura para pedestres e ciclistas. Ao mesmo tempo, a reurbanização fortalece o potencial turístico e cultural do Aterro, um dos principais cartões-postais do Rio de Janeiro.
No dia a dia, quem mora ou trabalha na região da Glória, do Centro e do Flamengo, além dos frequentadores do MAM e de grandes eventos, deve sentir o impacto direto da obra em forma de mais conforto, maior qualidade ambiental e um espaço urbano mais qualificado para encontros, caminhadas e atividades ao ar livre.