
O contraventor Vinicius Pereira Drumond, apontado como um dos líderes da nova cúpula do jogo do bicho no Rio de Janeiro, foi alvo de uma tentativa de execução na manhã desta sexta-feira (11), na Avenida das Américas, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
Ataque a tiros contra Porsche blindado
O atentado aconteceu por volta das 11h, nas proximidades da Estação Ricardo Marinho do BRT. Segundo informações da TV Globo, Vinicius estava em um Porsche blindado, que ficou crivado de balas na porta e janela do motorista e do carona.
Testemunhas afirmam que os seguranças do contraventor reagiram à emboscada, e novos disparos foram ouvidos. A cena gerou pânico na via, uma das mais movimentadas da Zona Oeste.
Após os tiros, os veículos envolvidos desapareceram do local, mas o Globocop localizou o Porsche em frente a um hospital na região. Não há confirmação oficial se Vinicius Drumond estava ferido ou se havia outras pessoas no carro no momento do ataque.
Polícia interditou pista para perícia
Um trecho da pista central da Avenida das Américas, sentido Zona Sul, chegou a ser interditado para perícia, sendo liberado apenas por volta das 12h30. A Polícia Civil investiga as circunstâncias do atentado e tenta identificar os responsáveis pelo ataque.
Quem é Vinicius Drumond
Filho do falecido bicheiro Luizinho Drumond, Vinicius herdou os pontos do jogo do bicho na Zona da Leopoldina, área que engloba bairros como Ramos, Maré, Penha, Manguinhos, Vigário Geral e Bonsucesso. Ele também foi associado a atividades da contravenção em Pará e Amapá.
Além do jogo do bicho, Vinicius Drumond tem histórico de ligação com escolas de samba. Embora já tenha influenciado a Imperatriz Leopoldinense, atualmente presidida por sua tia Cátia Drumond, ele foi anunciado nesta semana como patrono da escola Em Cima da Hora, da Série Ouro do carnaval carioca.
Investigado por furto de combustível da Petrobras
Em fevereiro de 2025, Vinicius foi alvo de uma operação da Polícia Civil por suspeita de integrar um grupo criminoso especializado em furtar petróleo de dutos da Petrobras para revenda ilegal.
Ele também é citado em investigações do Ministério Público por envolvimento com outros nomes do crime organizado, como Rogério Andrade — acusado de ordenar a morte de Fernando Ignácio, em 2020 — e Adilson Oliveira Coutinho Filho (Adilsinho), apontado como mandante de homicídios ligados à guerra na contravenção.