
O estado do Rio de Janeiro apresentou uma redução nas internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na semana de 18 a 24 de maio. Segundo dados do Centro de Inteligência em Saúde (CIS-RJ), da Secretaria de Estado de Saúde, foram estimadas 220 hospitalizações, com 72 registros oficialmente confirmados.
As informações constam no boletim semanal divulgado em 30 de maio, que analisa a evolução da doença no território fluminense.
Secretaria destaca importância da vacinação antes do inverno
Apesar da queda já esperada, a Secretária Estadual de Saúde, Claudia Mello, alerta para a urgência da vacinação contra os vírus respiratórios, especialmente com a aproximação do inverno.
“O período mais frio do ano ainda não começou, e a vacinação continua sendo a ferramenta mais eficaz para evitar o agravamento dos casos. Vamos nos reunir com os municípios nesta quarta-feira (4) para reforçar a necessidade de ampliar a cobertura vacinal”, afirmou.
Mais de 6 mil internações e quase 500 mortes em 2025
Desde o início de 2025, o estado do Rio já contabilizou 6.277 internações e 476 óbitos relacionados à SRAG provocada por infecções respiratórias graves. Em comparação à semana anterior, houve aumento de 3,44% nas internações e 1,70% nas mortes.
Na semana entre 11 e 17 de maio, a estimativa foi de 595 internações, número que supera a média histórica do período, estimada em 538 casos.
Vacinação ainda está muito abaixo da meta
A situação da cobertura vacinal nos 92 municípios do estado é preocupante. Até o momento, apenas 836.542 doses foram aplicadas em pessoas do grupo prioritário, o que representa menos de 20% da meta estabelecida pelo Ministério da Saúde, que é de 90%.
Ao todo, o estado já aplicou 1.541.869 doses, mas os números seguem insuficientes para garantir a proteção coletiva.
Crianças e idosos são os mais afetados
Segundo o boletim do CIS-RJ, desde fevereiro, as crianças de até nove anos de idade lideram o número de internações por SRAG, com destaque para a faixa etária de um a quatro anos, fortemente impactada pelo vírus sincicial respiratório (VSR).
Entre os idosos com 60 anos ou mais, o SARS-CoV-2 foi o principal causador de infecções graves no início de 2025. Porém, a partir do fim de março, o vírus Influenza A passou a predominar entre esse público.
Meta de 90% ainda distante
O painel semanal de imunização mostra que o volume de aplicações segue muito aquém do necessário. Com apenas 836 mil doses administradas em grupos prioritários, o estado ainda precisa vacinar uma ampla parcela da população vulnerável para atingir os níveis recomendados de proteção.
O cenário atual acende um sinal de alerta para as autoridades de saúde, que intensificam a mobilização para conter os impactos da SRAG antes da chegada do inverno.