Cidades

Resgate de Juliana Marins: atualização da família — entenda o cenário

Família confirma que buscas seguem em andamento; neblina impede uso de helicópteros na região

Helicóptero de Sumbawa sobrevoando a área.
Helicóptero de Sumbawa sobrevoando a área.

As equipes de busca da Indonésia seguem atuando para tentar resgatar a turista brasileira Juliana Marins, de 27 anos, que sofreu uma queda durante uma trilha no Monte Rinjani, localizado na Ilha de Lombok.

A família da jovem, natural de Niterói, informou por meio das redes sociais que as buscas foram retomadas na noite de segunda-feira (23), no horário do Brasil. Este já é o quarto dia de operação de resgate.

Família atualiza situação do resgate

Em comunicado oficial publicado no perfil @resgatejulianamarins, a família de Juliana informou:

“No momento contamos com o forte apoio da embaixada que está no local e todas as informações trazidas aqui @resgatejulianamarins são autorizadas por eles. Além disso, muitas autoridades estão presentes reforçando a urgência e o compromisso no resgate. Há 3 planos em vigor no momento. E confirma-se a impossibilidade de seguir com o helicóptero pela condição climática atual. Agora são 15h45 em Lombok. Ainda não chegamos em Juliana. Agradecemos mais uma vez o apoio e carinho de todos! Mantenham Juliana em seus pensamentos, mandem as melhores energias, pra que ela se fortaleça e se mantenha firme”, diz o comunicado.

Helicópteros impedidos de atuar

Devido à forte neblina e às condições climáticas adversas, o uso de helicópteros para o resgate foi suspenso. Em uma postagem feita nesta terça-feira (24), a família reiterou:

“Confirma-se a impossibilidade de seguir com helicóptero pela condição climática atual.”

De acordo com o perfil da família, dois helicópteros de resgate (um posicionado em Sumbawa e outro em Jacarta) estão de sobreaviso, aguardando a liberação do espaço aéreo para decolagem.

Avanço da operação

A Agência Nacional de Busca e Salvamento da Indonésia (Basarnas), com apoio do Escritório de Busca e Salvamento de Mataram, coordena os trabalhos. De acordo com relatos oficiais, Juliana caiu em uma área de difícil acesso, por volta das 4h da manhã de sábado (21), horário local (ainda sexta-feira à noite, no horário do Brasil), durante uma trilha rumo ao cume do Monte Rinjani — uma das mais desafiadoras da Indonésia.

A trilha, famosa por sua beleza, também é conhecida pelos riscos naturais e terreno extremamente acidentado.

Juliana foi localizada com ajuda de drone

Na segunda-feira (23), as equipes de busca confirmaram a localização de Juliana com auxílio de um drone com câmera térmica.

Segundo o chefe do Escritório de Busca e Salvamento de Mataram, Muhamad Hariyadi:
“A vítima foi localizada na manhã de segunda-feira (horário de Brasília), a aproximadamente 500 metros do ponto inicial da queda.”

A análise das imagens de drone indicou que Juliana não apresentava movimento. As equipes destacaram que o terreno extremo e a intensa neblina continuam dificultando o resgate.

“Com base no monitoramento do drone, a vítima não se movia. A equipe continua trabalhando arduamente para resgatá-la, apesar das limitações impostas pelo terreno e pela neblina que envolve o local do incidente”, publicou o SAR.

Além disso, uma postagem nos Stories do perfil da família destacou que as equipes de resgate já haviam descido 400 metros, mas estimavam que Juliana estaria ainda a cerca de 650 metros de distância — mais distante do que inicialmente calculado, já que ela teria deslizado mais profundamente no desfiladeiro.