
As rampas de voo livre do Parque da Cidade, em Niterói, podem ser reabertas em novembro, segundo previsão da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade (Smarhs). O local está fechado desde agosto, quando um acidente de parapente tirou a vida de Luan Calor e Vanessa Nascimento, chocando a comunidade de esportes aéreos.
Desde então, o espaço — um dos pontos turísticos mais procurados da cidade — permanece interditado para decolagens enquanto a prefeitura revisa protocolos de segurança e gestão.
Gestão emergencial e novas regras de segurança
De acordo com a Smarhs, está sendo analisada a contratação emergencial de uma empresa para administrar e fiscalizar o espaço até que um novo modelo definitivo seja implantado. A secretaria informou que não será cobrada taxa de voo, mas o local passará a ter regras mais rigorosas, com fiscalização especializada e melhorias estruturais.
Entre as medidas previstas estão:
- Instalação de câmeras de monitoramento,
- Novas sinalizações e birutas,
- Estação meteorológica atualizada,
- Equipamentos de segurança e controle de acesso.
Além disso, a Prefeitura confirmou que está elaborando um edital de licitação definitiva para a gestão do parque, com lançamento previsto para até seis meses.
Parque da Cidade terá novo modelo de operação
Antes do acidente, o Parque da Cidade era de acesso livre, e qualquer piloto certificado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) podia decolar. Agora, o objetivo é estabelecer um sistema mais controlado e seguro, com cadastro obrigatório de pilotos, regras de uso definidas e fiscalização contínua.
“O foco é garantir segurança e ordem em um dos principais cartões-postais de Niterói, sem restringir o acesso dos praticantes de voo livre”, informou a Smarhs em nota.
Ponto turístico e símbolo da cidade
Com 360 metros de altitude, o Parque da Cidade de Niterói oferece uma das vistas mais impressionantes do Rio de Janeiro, abrangendo o Pão de Açúcar, o Cristo Redentor e as praias oceânicas. Além dos voos livres, o local é destino de turistas, ciclistas e trilheiros que buscam aventura e contato com a natureza.
A reabertura prevista para novembro é aguardada com expectativa por moradores, atletas e visitantes que veem o parque como símbolo de liberdade e turismo sustentável.