
O Brasil está prestes a dar um passo histórico na mobilidade urbana. O túnel Santos-Guarujá, que promete reduzir a travessia entre os dois municípios paulistas de até 1 hora para apenas 2 minutos, terá seu leilão decisivo nesta sexta-feira (5), na sede da B3, em São Paulo.
Com investimento estimado em R$ 6,8 bilhões, a obra é considerada um dos projetos mais emblemáticos do Novo PAC e deve transformar a logística do Porto de Santos, além de melhorar a vida de mais de 720 mil moradores da região.

Leilão do túnel Santos-Guarujá acontece nesta sexta
Dois grupos estrangeiros apresentaram propostas para disputar o leilão:
- Acciona (Espanha) – responsável atualmente pela Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo.
- Mota-Engil (Portugal) – que assinou contrato com a Petrobras para serviços em plataformas offshore.
A concessionária vencedora ficará responsável pela construção, operação e manutenção do túnel por 30 anos.
Dois grupos estrangeiros apresentaram propostas para disputar o leilão do túnel Santos-Guarujá, marcado para a próxima sexta-feira (5), às 16h, na B3, em São Paulo.
As empresas participantes são:
- Acciona (Espanha) – responsável atualmente pela Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo.
- Mota-Engil (Portugal) – firmou contrato com a Petrobras para serviços em plataformas offshore.
A concessionária vencedora ficará responsável pela construção, operação e manutenção do túnel por 30 anos.

A primeira travessia submersa do Brasil
O túnel Santos–Guarujá será a primeira ligação submersa do país, com 1,5 km de extensão. Desse total, 870 metros ficarão imersos, formados por módulos de concreto pré-moldados que serão posicionados no leito do canal portuário.
O projeto prevê três faixas de tráfego em cada sentido — uma delas adaptada para Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) — além de ciclovia, passagem para pedestres e uma galeria de serviços. A obra já possui licença ambiental prévia emitida pela Cetesb em agosto de 2025.
Segundo o EIA/RIMA divulgado em 2024, a construção busca resolver um gargalo histórico de mobilidade entre Santos e Guarujá. Hoje, a travessia é feita de duas formas: pelo percurso de 43 km via Rodovia Cônego Domênico Rangoni, que leva cerca de uma hora, ou pelo sistema de balsas e barcas, usado por pedestres, ciclistas e veículos leves, com tempo de espera que varia entre 18 e 60 minutos.
De acordo com o governo paulista, mais de 28 mil pessoas cruzam diariamente as duas margens utilizando balsas e pequenas embarcações conhecidas como catraias. Com o túnel, a travessia será feita em aproximadamente dois minutos, trazendo alívio imediato ao sistema atual, reduzindo a sobrecarga na SP-055 e aumentando a eficiência logística do Porto de Santos, que sofre com congestionamentos frequentes.
O maior projeto de mobilidade do litoral paulista
Com investimento estimado em R$ 6,8 bilhões, o projeto terá aporte público de até R$ 5,14 bilhões, dividido igualmente entre o governo federal e o governo de São Paulo. O restante será financiado pela iniciativa privada.
O túnel Santos-Guarujá será a primeira travessia submersa do Brasil, com 1,5 km de extensão — sendo 870 metros imersos, em módulos de concreto pré-moldados instalados no leito do canal portuário.
O projeto inclui:
- 3 faixas de rolamento em cada sentido (1 adaptada para VLT);
- Ciclovia e espaço para pedestres;
- Galeria de serviços para manutenção.

Licenciamento e impacto ambiental
A obra já possui licença ambiental prévia da Cetesb, emitida em agosto de 2025. Segundo o EIA/RIMA apresentado em julho de 2024, o túnel vai solucionar um gargalo histórico de mobilidade entre Santos e Guarujá.
Hoje, a travessia é feita de duas formas:
- 43 km pela Rodovia Cônego Domênico Rangoni, com média de 60 minutos;
- Balsas e barcas, que levam de 18 a 60 minutos, dependendo das condições do porto.
Com o túnel, o tempo de travessia deve cair para cerca de dois minutos.
Benefícios esperados
De acordo com o governo, mais de 28 mil pessoas cruzam diariamente entre Santos e Guarujá usando catraias, balsas e barcas. O túnel deve desafogar o sistema atual e aumentar a eficiência logística do Porto de Santos, que sofre com congestionamentos frequentes.
Além da mobilidade, o projeto deve:
- Gerar milhares de empregos diretos e indiretos;
- Fortalecer o turismo;
- Dinamizar a economia local;
- Melhorar a qualidade de vida de 720 mil moradores da região.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, definiu o projeto como uma das obras mais emblemáticas do Novo PAC:
“Essa obra vai encurtar distâncias, gerar empregos, fortalecer o turismo, dinamizar a economia local e ampliar a eficiência logística do Porto de Santos.”