![Fabiano Veneza / SEAS Fabiano Veneza / SEAS](https://uploads.cidadedeniteroi.com/2025/02/4qFkjATC-operacao-inea-baia-de-guanabara-3.webp)
Rio de Janeiro - A Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade assumiu a coordenação de uma grande operação para a remoção de 80 embarcações abandonadas nas margens da Baía de Guanabara. A ação, que deve durar 36 meses, inclui não apenas a retirada dos cascos naufragados, mas também a destinação final adequada dos resíduos.
O projeto será financiado pelo Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam), com um investimento de R$ 25 milhões.
Planejamento e início das operações
A execução da limpeza ficará sob responsabilidade dos técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), utilizando um mapeamento georreferenciado feito pela Capitania dos Portos do Rio de Janeiro.
A previsão é que a remoção das embarcações comece no segundo semestre deste ano. Para isso, uma empresa será licitada para auxiliar na retirada e descarte dos cascos abandonados.
Antes do início da operação, uma Comissão Técnica de Acompanhamento e Avaliação (CTAA) será formada para realizar diagnósticos detalhados e definir a melhor estratégia de remoção. O grupo será composto por equipes do Inea, Capitania dos Portos, Ibama, Secretaria de Economia do Mar e prefeituras das cidades do entorno da baía.
Áreas afetadas e benefícios da ação
Os cascos naufragados estão localizados principalmente no Canal de São Lourenço, em Niterói, além de trechos no Rio de Janeiro e em São Gonçalo, especialmente na região da Ilha da Conceição. A remoção das embarcações tem como objetivo não apenas a recuperação ambiental, mas também a segurança da navegação e o fortalecimento da economia local.
“Estamos dando continuidade a um trabalho fundamental para revitalizar a Baía de Guanabara. Com esse investimento, queremos transformar a região em um polo de turismo, lazer e negócios da Economia Azul, gerando novas oportunidades e protegendo nosso meio ambiente”, afirmou o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi.
Além da melhoria na qualidade da água e na biodiversidade, a retirada dos destroços deve impulsionar a economia local. O Canal de São Lourenço, por exemplo, é um polo econômico que gera mais de 5.000 empregos diretos e indiretos. No entanto, os cascos abandonados bloqueiam rotas de navegação e dificultam a atividade pesqueira, afetando diretamente pescadores e comunidades que dependem da Baía de Guanabara.
Próximos passos
A remoção será realizada através de métodos de demolição controlada, garantindo que os resíduos sejam descartados corretamente, minimizando impactos ambientais. Com essa ação, o governo espera tornar a região mais segura para pescadores, navegadores e moradores, além de fortalecer a economia sustentável ao longo da Baía de Guanabara.
A expectativa é de que, ao final do projeto, a revitalização do Canal de São Lourenço esteja completa, tornando o espaço mais limpo, navegável e economicamente produtivo para a cidade e para o estado do Rio de Janeiro.