Novo PDPA em Niterói
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Niterói e a UFF vão lançar um novo programa com investimento de R$ 30 milhões para aproximar a produção acadêmica das necessidades reais do município. A proposta é transformar pesquisas em projetos práticos, com impacto direto no dia a dia da população, apoiando políticas públicas mais eficientes e inovadoras.

Niterói e UFF: novo programa terá R$ 30 milhões e foco em resultados

A Prefeitura de Niterói e a Universidade Federal Fluminense (UFF) preparam uma nova edição do Programa de Desenvolvimento de Projetos Aplicados (PDPA), prevista para 2026, com investimento estimado em cerca de R$ 30 milhões. O objetivo central é integrar o conhecimento acadêmico ao planejamento municipal e acelerar soluções que virem políticas e melhorias concretas para a cidade.

O que muda na prática para a população

A lógica do programa é simples: a cidade apresenta desafios públicos; a universidade mobiliza pesquisadores e equipes; e os resultados esperados são entregas aplicadas, capazes de orientar decisões, aprimorar serviços e gerar inovação dentro da gestão pública.

Como deve funcionar o PDPA (e por que ele ganhou peso em Niterói)

O PDPA é uma parceria entre Prefeitura de Niterói, UFF e Fundação Euclides da Cunha (FEC), estruturada para tirar projetos do papel com governança, acompanhamento e prestação de contas. No desenho do programa, a Prefeitura entra como concedente e financiadora, a UFF executa os projetos por meio de coordenações acadêmicas e a FEC faz a gestão administrativa e financeira do convênio.

O que a 1ª edição mostra sobre escala e método

Na edição anterior, o PDPA teve duração de três anos e recebeu investimento da ordem de R$ 25 milhões. O programa lançou edital, promoveu 7 workshops e realizou visitas técnicas para aproximar pesquisadores das demandas locais; foram 446 participantes nos workshops e 164 nas visitas. Ao final, foram selecionados 78 projetos na primeira chamada e 9 na segunda.

Áreas prioritárias: onde os projetos costumam se concentrar

Na formulação do programa, as linhas de atuação se conectam ao plano Niterói que Queremos (NQQ) 2033 e a metas da Agenda 2030/ODS. Entre os eixos citados em iniciativas do programa estão temas como saúde, inovação, inclusão e eficiência na gestão pública.

Exemplos de frentes que podem ser contempladas

  • Saúde, saneamento e resíduos
  • Educação, ciência e tecnologia
  • Mobilidade, ordenamento urbano e prevenção
  • Igualdade de oportunidades e inclusão
  • Gestão pública e participação cidadã

Quando lança e o que já se sabe sobre o cronograma

Segundo as informações divulgadas, a nova edição do PDPA está prevista para ser lançada na segunda quinzena de março. A expectativa é contemplar departamentos e pesquisadores de diferentes áreas da UFF, conectando propostas acadêmicas a entregas aplicadas para Niterói.

Contexto: Niterói quer virar vitrine da ciência em 2026

A cidade também foi anunciada como sede da 78ª Reunião Anual da SBPC, que ocorrerá na UFF entre 26 de julho e 1º de agosto de 2026, com estimativa de cerca de 30 mil participantes (entre pesquisadores, estudantes e público).

Outras ações conectadas à agenda universitária

  • Aluguel Universitário: programa municipal com R$ 700 mensais para mil estudantes de instituições na cidade, incluindo alunos da UFF, com objetivo também de apoiar permanência estudantil e dinamizar o Centro.
  • Cantareira do Futuro: transformação do patrimônio histórico em polo de inovação e economia criativa, com integração entre startups, universidades e ambiente cultural (com previsão de Museu do Cinema Brasileiro ao lado).