
O Brasil se despede neste domingo (2) de um dos seus maiores nomes: Lô Borges, cantor, compositor e coautor do icônico álbum Clube da Esquina. Aos 73 anos, o artista morreu em Belo Horizonte, após complicações decorrentes de uma intoxicação por medicamentos.
Internado desde o dia 17 de outubro, Lô passou por uma traqueostomia e sessões de hemodiálise, chegando a apresentar melhora no quadro clínico. A informação sobre o falecimento foi confirmada pelo Hospital Unimed Contorno, onde ele estava internado.
Um elo eterno entre Lô Borges e Niterói
Poucos sabem, mas parte da história do Clube da Esquina, um dos álbuns mais influentes da música brasileira, nasceu em Niterói, na Praia de Piratininga. Em 1972, Lô Borges viveu no local ao lado de Milton Nascimento e Beto Guedes, e foi ali que surgiram canções que mudariam a MPB para sempre.
“Foi em Piratininga que o som da alma mineira encontrou o mar fluminense”, escreveu um amigo próximo do artista nas redes sociais.
Em 2022, meio século depois, Lô retornou à cidade para um show histórico no Festival Mar Azul, em Piratininga. Na ocasião, o cantor emocionou milhares de pessoas, que cantaram em coro sucessos como “Trem Azul” e “O Trem das Sete”.
Legado imortal de um artista único
Lô Borges deixa um legado musical imensurável. Compositor de alma inquieta, foi responsável por revolucionar a música brasileira, unindo poesia, liberdade e experimentação. Seu trabalho influenciou gerações de artistas, e seu nome permanece gravado na memória afetiva de quem ama a boa música.
Homenagens
Diversos artistas e fãs lamentaram a morte de Lô nas redes sociais. Milton Nascimento, seu parceiro de vida e de som, escreveu:
“Meu irmão partiu, mas as nossas canções continuam nos unindo.”
A Prefeitura de Niterói também manifestou pesar, destacando o papel do artista na história cultural da cidade.