A Prefeitura de Niterói, por meio da Secretaria de Conservação e Serviços Públicos (Seconser), restabeleceu, na manhã desta quinta-feira (24), a ligação da Lagoa de Itaipu com o mar. As equipes e as máquinas continuarão atuando no local. O projeto definitivo para realização das obras está em fase de licenciamento e licitação e o edital deve ser lançado ainda no mês de setembro.
A medida que está em andamento é provisória e permitirá maior troca da água entre o mar e a lagoa. O acesso tinha sido obstruído por conta das fortes ressacas que são comuns nesta época do ano.
Segundo a Prefeitura de Niterói, está sendo feita a remoção do excesso de areia do Canal de Itaipu para a lateral . O assoreamento é natural e causado pela dinâmica costeira da região. As máquinas iniciaram os trabalhos logo nas primeiras horas do dia.
Por volta das 11 horas já era possível ver que parte da areia acumulada na entrada do canal bem próximo ao mar já havia sido removida e esse trecho do canal aberto já permitindo a entrada da água.
Vale ressaltar que cabe ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea) cuidar da gestão das lagoas, mas a Prefeitura de Niterói assumiu essa responsabilidade como forma de colaborar para a preservação da área.
O administrador Regional da Região Oceânica, Binho Guimarães, reiterou que as ações para o início das obras definitivas para o local estão em andamento. A previsão é que o edital para a execução das obras definitivas no Canal de Itaipu seja lançado até setembro.
“O poder público tem a compreensão da importância que o sistema lagunar tem para a economia da pesca, lazer, prática de esporte e, claro, para o Meio Ambiente. É uma ação paliativa, mas de cuidado com o sistema lagunar, pois sabemos que a solução será a obra que estamos trabalhando para que aconteça. Por isso continuaremos trabalhando nas próximas semanas até termos uma melhora bem satisfatória da situação”
O projeto destas obras de recuperação definitiva do canal de ligação da Lagoa de Itaipu e as praias de Itaipu e Camboinhas está pronto. O objetivo é fazer com que a troca de água entre mar e lagoa ocorra de forma permanente. O projeto incluiu alterações apresentadas pelo Comitê Lagunar de Itaipu e Piratininga (Clip) e da Universidade Federal Fluminense.