
O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, participou nesta quinta-feira (4) da abertura do Niterói Bike Fest – Bicicultura 2025, realizada na Sala Nelson Pereira dos Santos, no Reserva Cultural. Com o tema “Rodas que mudam cidades: mobilidade e vida”, o encontro vai até domingo (7) e traz debates sobre soluções para a mobilidade urbana sustentável e inclusiva.
Autoridades presentes
Além de Rodrigo Neves, o evento contou com a presença do ex-prefeito Axel Grael; do coordenador do programa Niterói de Bicicleta, Filipe Simões; do presidente da ACERJ (Associação de Ciclistas do Estado do Rio de Janeiro), Cláudio Santos; e do coordenador de Regulação da Mobilidade do Ministério das Cidades, Claudio Silva.

Rodrigo Neves destacou que, quando assumiu em 2013, a cidade não tinha ciclovias e hoje conta com quase 100 km de malha cicloviária, além do bicicletário Arariboia, o maior gratuito do estado, com 800 vagas e 25 mil associados.
“Passa um filme na minha cabeça quando vejo vocês aqui, lembrando do início dessa luta lá em 2012. Niterói não tinha um quilômetro de ciclovia. Diziam que ninguém ia andar de bicicleta aqui, que é muito quente. Hoje a gente tem orgulho de ter a ciclovia mais movimentada do Brasil. Fomos avançando a cada ano e hoje estamos chegando a quase 100 quilômetros de ciclovias. Convido vocês a conhecerem o bicicletário Arariboia. É o maior bicicletário gratuito do Rio, com 800 vagas e 25 mil associados”, destacou Rodrigo Neves.
O papel da bicicleta
Em seu discurso, Axel Grael lembrou que a bicicleta é também uma forma de resistência e transformação urbana, enquanto Claudio Silva, do Ministério das Cidades, elogiou as iniciativas de Niterói como inspiração para outras cidades do Brasil.
“Quero fazer aqui uma saudação a essa mesa representativa. Cada um representa um pedaço desse esforço, de todo esse movimento em favor das bicicletas. O Bicicultura é uma oportunidade para a gente se encontrar, trocar experiências e fortalecer uns aos outros. O uso da bicicleta não é apenas uma forma eficiente e sustentável de mobilidade. A bicicleta é resistência. A bicicleta é uma manifestação pela transição para a sustentabilidade. A bicicleta também transforma as cidades”, disse Axel Grael.

“Estou aparecendo aqui à vontade, de uma maneira bastante espontânea. A bicicleta é um instrumento de espontaneidade. É uma honra estar aqui com vocês. Pelo Ministério das Cidades, diria que é fundamental participar desse momento. As coisas acontecem nas cidades e a gente precisa conhecer as pessoas que estão nas cidades. A gente teve oportunidade de conhecer o programa coordenado pelo Niterói de Bicicleta e digo que é fabuloso. Espero que sirva de inspiração para outras cidades”, afirmou Claudio Silva.
Já Filipe Simões reforçou que o Bicicultura simboliza a união entre governo e sociedade civil na construção de cidades mais cicláveis e democráticas.
“Recebemos em Niterói pessoas que amam a bicicleta, que trabalham pela bicicleta, que são ativistas da bicicleta para os debates sobre como tornar as nossas cidades mais cicláveis e como estimular essa cultura de sustentabilidade, de atividade física, de inclusão e democratização das cidades. Niterói tem um histórico de 12 anos muito bem trabalhados na política cicloviária e de construir infraestrutura cicloviária. A cidade tem um governo comprometido com planejamento aliado a uma sociedade civil mobilizada. O Niterói Bike Fest – Bicicultura é sobre a união dessas forças, de todas as pessoas que querem ver a bike como uma das soluções para a cidade”, pontuou Filipe Simões.

O presidente da Associação de Ciclistas do Estado do Rio de Janeiro (ACERJ), Cláudio Santos, agradeceu a oportunidade de trazer o Bicicultura para a cidade.
“O movimento da bicicleta em Niterói começou com efetivas mudanças nos últimos 12 anos. A cidade ficou mais humana, mais ciclável e trouxe mais oportunidade para as pessoas que precisam da bicicleta para se locomover. Sou muito grato a tudo que tem sido feito nessa área. O Bicicultura é o maior evento do cicloativismo do Brasil. Essa é a 12ª edição, já aconteceu nas principais cidades do Brasil e agora também em Niterói”, disse Cláudio Santos.
Encerramento com o Dia Mundial Sem Carro
O festival termina no domingo (7), com a integração ao Dia Mundial Sem Carro, que deve reunir mais de 3 mil ciclistas. O passeio sairá do Centro de Niterói, no Reserva Cultural, e seguirá pela orla de Icaraí e Charitas, retornando ao ponto de partida.
O movimento incentiva que as pessoas deixem o carro em casa e adotem alternativas de mobilidade como a bicicleta, o transporte público e a carona, reforçando a luta contra os impactos da queima de combustíveis.

Histórico cicloviário de Niterói
Nos últimos 12 anos, Niterói se consolidou como uma das cidades mais cicláveis do Brasil. A Avenida Marquês de Paraná tem hoje a ciclovia mais movimentada do país.
O sistema de bicicletas compartilhadas Nitbike soma mais de 6 mil viagens diárias e o bicicletário gratuito da cidade já ultrapassou os 25 mil usuários cadastrados.