Cerca de 56% do território da cidade é composto por áreas de conservação que serão mostradas em fotos e textos
Com quase 500 mil habitantes e dona de um litoral e relevos de tirar o fôlego, a cidade de Niterói foi retratada de um ângulo diferente: um atlas de 100 páginas, elaborado pela Prefeitura, que mostra os 56% do seu território composto por Unidades de Conservação e áreas ambientalmente protegidas. O livro foi lançado na tarde desta quinta-feira (09), no Parque da Cidade, que integra o Parnit, uma área de preservação que vai da Zona Sul até Região Oceânica, com 16,3 milhões de metros quadrados.
O Atlas das Unidades de Conservação do Município de Niterói está disponível em pdf e pode ser baixado no site www.smarhs.niteroi.rj.gov.br. Para o secretário Executivo do município, Axel Grael, o lançamento do livro foi um momento de celebração, com presença de ativistas e pessoas que dedicaram suas vidas à proteção ambiental.
“Niterói tem várias frentes de trabalho fazendo da cidade um exemplo de conservação da natureza, em um esforço conjunto com os parceiros da Prefeitura, como aconteceu para elaboração desse atlas. Não acreditamos em território sem gestão, por isso não apenas criamos, mas também cuidamos das nossas áreas protegidas. Queremos estar sempre de mãos dadas com a sociedade e servindo de inspiração para outros municípios”, defendeu.
O secretário municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade (SMARHS), Eurico Toledo, pontuou que Niterói se destaca, entre os municípios do Estado do Rio, pela preservação do seu manancial hídrico e do seu ecossistema como um todo, por possuir sete unidades de preservação administradas pelo próprio município e duas estaduais, e na implantação de ações e políticas ambientais pela conservação da fauna e flora.
“Esse é um projeto executado por várias mãos, com participação da sociedade, reforçando o nosso compromisso de nos juntarmos para construir uma cidade mais verde. O atlas produz conhecimento, é uma riqueza imaterial e retrata os nossos esforços realizados em consonância ao livro”, disse.
O projeto também envolveu moradores da cidade, que fotografaram pontos poucos conhecidos de Niterói, mas que compõem as unidades de conservação. Através de um concurso pelas redes sociais da Prefeitura, como o Facebook, a Secretaria de Meio Ambiente recebeu mais de 700 fotos. Destas, 74 foram escolhidas, sendo 14 em destaque, como a imagem da capa do livro.
Complementando o trabalho, três fotógrafos profissionais se ofereceram como voluntários para colaborar com o projeto e eternizar locais de difícil acesso e as imagens de sobrevoos de drone, feitas pela equipe da Defesa Civil de Niterói, também foram incluídas.
É de Rodrigo Campanário a foto de capa do Atlas, feita do ponto mais alto do Forte do Pico, que fica dentro do Forte Barão do Rio Branco, uma área militar, aberta à visitação agendada, em Jurujuba. Morador de Niterói, o fotógrafo orgulha-se de conhecer todas as trilhas e mirantes da cidade.
“O que me inspirou para essa foto de capa é a beleza de Niterói. Amo o Parque da Cidade, mas a vista que temos é principalmente do Rio de Janeiro. Do Forte do Pico, temos uma vista que privilegia a nossa cidade”, ressaltou.
O Atlas é um material didático que será distribuído nas 49 escolas de ensino fundamental da cidade, além, de bibliotecas e instituições de meio ambiente em todo o estado. Sua execução foi feita por especialistas e técnicos SMARHS e ganhou reforço de quatro pesquisadores da Universidade Federal Fluminense (UFF). Engenheiros florestais, biólogos geógrafos e fiscais se debruçaram para mostrar o potencial ambiental da cidade. O material contou com financiamento do Banco Latino Americano de Desenvolvimento – Cooperação Andina de Fomento (CAF).