Niterói - A Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) realizaram, nesta terça-feira (28), uma vistoria para identificar a origem de uma grande mancha de óleo na Baía de Guanabara. A investigação apontou que o vazamento partiu do navio-sonda Atlantic Zonda, ancorado nas proximidades da Praia de Boa Viagem, em Niterói.
O Atlantic Zonda é um navio perfurador de grande porte, utilizado para operações marítimas. Além do impacto ambiental causado pelo derramamento de óleo no mar, o caso se agrava pela ausência de comunicação da empresa responsável ao órgão ambiental estadual, conforme determina a legislação vigente. As multas por crime ambiental podem chegar a R$ 10 milhões.
Diante da gravidade da situação, equipes do Inea iniciaram técnicas de dispersão hidromecânica para conter a expansão da mancha de óleo. O secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi, destacou a rapidez na resposta ao incidente:
“Assim que tomamos conhecimento do caso, deslocamos imediatamente nossas equipes para averiguação e adotamos medidas de contenção. Além disso, acionamos o Plano de Área da Baía de Guanabara, que envolve diversas empresas e entidades situadas na região. Seguiremos monitorando o problema em conjunto com a empresa responsável e a Marinha do Brasil.”
Além do vazamento proveniente do Atlantic Zonda, a inspeção do Inea identificou outros focos de poluição na Baía de Guanabara, incluindo um estaleiro em Niterói e uma marina em São Gonçalo despejando óleo no mar. Os órgãos ambientais já estavam monitorando a área por meio do programa “De Olho no Mar”, que fiscaliza e combate infrações ambientais na região.
Marinha do Brasil se manifesta sobre o caso
A Marinha do Brasil, por meio do Comando do 1º Distrito Naval, informou que a Capitania dos Portos do Rio de Janeiro (CPRJ) recebeu uma denúncia sobre o vazamento e deslocou uma equipe de Inspeção Naval para verificar a situação, acompanhada de agentes do Inea.
A empresa responsável foi notificada pela CPRJ e deverá prestar esclarecimentos sobre o ocorrido, conforme determina a Lei nº 9.966/2000, que regulamenta a prevenção e fiscalização de poluição por derramamento de óleo em águas sob jurisdição nacional. A Marinha reforçou que segue empenhada na fiscalização de embarcações, plataformas e instalações de apoio para evitar danos ambientais.
A Capitania dos Portos disponibiliza os seguintes canais para emergências e denúncias relacionadas à poluição hídrica:
- Emergências marítimas e pedidos de auxílio: 185
- Denúncias e informações: (21) 97299-8300 ou (21) 2104-5480
A situação segue sendo monitorada, e novas ações poderão ser adotadas conforme o avanço das investigações.