Cidades

Museu em Niterói será revitalizado com investimento milionário

Após décadas, o museu em Niterói receberá revitalização com investimento de R$ 5 milhões para restaurar o Ateliê Antônio Parreiras.

Foto: Jenifer Miranda
Foto: Jenifer Miranda

Governo do Estado do Rio de Janeiro deu início, nesta quinta-feira (5), às obras de restauração do Ateliê do Museu Antônio Parreiras, localizado em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. O projeto, com investimento de R$ 5 milhões por meio da Empresa de Obras Públicas do Estado (EMOP-RJ), integra o programa Acelera Funarj e tem prazo de conclusão estimado em 330 dias.

Acessibilidade e modernização com respeito à história

Entre os destaques da intervenção está a implantação de um elevador panorâmico, garantindo acessibilidade plena ao espaço para pessoas com mobilidade reduzida. O ateliê preserva um acervo valioso da arte brasileira dos séculos XIX e XX, além de obras estrangeiras dos séculos XVII ao XIX.

governador Cláudio Castro ressaltou que a iniciativa reforça o compromisso com a preservação da memória cultural fluminense:

“A revitalização do Museu Antônio Parreiras é um compromisso com a memória do nosso estado e com a democratização do acesso à cultura. Queremos manter esse espaço vivo, pulsante e cada vez mais acessível a todos os cidadãos.”

Primeiro museu de arte do RJ

Fundado em 1942, o Museu Antônio Parreiras foi o primeiro museu de arte do Estado do Rio de Janeiro e também o primeiro do Brasil dedicado a um único artista. O imóvel — um casarão de 1894, que funcionou como residência e ateliê do pintor — tem 131 anos e é um dos patrimônios arquitetônicos mais relevantes do estado.

O projeto arquitetônico é assinado por Ramos de Azevedo, um dos maiores nomes da arquitetura brasileira, responsável por obras icônicas como o Theatro Municipal de São Paulo e a Pinacoteca do Estado de São Paulo.

Cultura como ferramenta de inclusão e identidade

Durante a solenidade de lançamento das obras, o presidente da EMOP-RJ, André Braga, enfatizou o papel da cultura na construção da cidadania:

“A cultura é um instrumento de resgate e inclusão. Ela revela talentos que muitas vezes passam despercebidos. Preservar nossos museus é preservar a identidade do nosso povo.”

Além de conservar pinturas, documentos, livros e objetos pessoais de Antônio Parreiras, o museu também empresta peças do seu acervo para outras instituições culturais. Com a restauração, espera-se ampliar o acesso do público ao conteúdo artístico e histórico.

Foto: Jenifer Miranda

Jardins históricos também serão revitalizados

Tombado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) desde 1967, o museu terá ainda os jardins históricos restaurados. O paisagismo, com cerca de 4 mil m², foi originalmente planejado e plantado pelo próprio artista, e será recuperado com base em espécies vegetais e elementos ornamentais originais, respeitando os padrões da década de 1960.

Para o presidente da Funarj, Jackson Emerick, a restauração representa um marco cultural para o estado:

“O acervo de Antônio Parreiras precisa ser redescoberto por todos. Vamos devolver à população um espaço histórico, artístico e totalmente renovado.”