envenenar companheiro
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A gari Íris Maria Soares da Silva, de 48 anos, foi presa em flagrante na manhã desta sexta-feira (24) suspeita de envenenar companheiro, Rogério Maurício Moreira da Gama. O crime, qualificado como homicídio, ocorreu em 15 de fevereiro, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A prisão foi realizada quando a suspeita chegava para trabalhar em uma das unidades da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), em Irajá.

Mulher é presa por suspeita de envenenar companheiro com chumbinho – Foto: Reprodução

De acordo com as investigações da Polícia Civil, o casal mantinha um relacionamento conturbado e estava em um período de brigas. Na manhã do crime, Íris teria preparado uma vitamina de banana, adicionando à mistura uma substância tóxica conhecida popularmente como “chumbinho”. Ela deixou a bebida na geladeira da base operacional onde trabalhavam e, ao sair do local, fez um pedido específico a colegas.

Segundo o delegado Marcus Drucker, responsável pelo caso, a orientação da suspeita foi crucial para desconfiança. “Ela insistiu para que ele tomasse a bebida e misturasse bastante, sacudindo antes de beber. Isso é incomum para quem apenas deixa uma vitamina preparada”, relatou o delegado em coletiva.

Cerca de uma hora após ingerir a vitamina, Rogério começou a passar mal, apresentando fortes sintomas de intoxicação. Colegas o levaram rapidamente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Irajá. Apesatentos dos esforços médicos, seu estado de saúde se agravou, culminando em sua morte no dia seguinte.

A suspeita de envenenamento surgiu ainda na UPA, sendo posteriormente confirmada por um laudo pericial do Instituto Médico Legal (IML). As investigações, então, se concentraram no que a vítima havia consumido, e os relatos dos colegas apontaram diretamente para a vitamina deixada por Íris.

“O Ministério Público ofereceu denúncia, que foi aceita pela Justiça, e agora ela responde como ré no processo”, explicou Drucker. A Justiça fluminense decretou a prisão preventiva da gari, considerando fortes indícios de autoria e materialidade para o crime de homicídio qualificado.

Durante os interrogatórios, a defesa de Íris apresentou versões contraditórias para os fatos. No entanto, de acordo com a polícia, as alegações são inconsistentes com as provas colhidas durante as investigações.

Em nota, a Comlurb informou que está acompanhando o caso e aguardando o resultado final das investigações, afirmando que tomará “as medidas cabíveis” caso o envolvimento da funcionária seja confirmado. Íris foi encaminhada ao sistema prisional.