Após quase 40 anos, o Mercado Municipal de Niterói foi reaberto nesta quinta-feira (27). A reabertura do mercado e a revitalização do entorno era uma cobrança antiga da população. De acordo com o prefeito Axel Grael, foram R$ 69 milhões investidos da iniciativa privada e algo em torno de R$ 20 milhões investidos pela prefeitura para melhorias no entorno da construção, melhorias urbanas e melhoria nos acessos ao local.
Localizado na Avenida Feliciano Sodré número 488, o Mercado tem 9.700 metros quadrados e 172 lojas de gastronomia, decoração, cervejarias, charcutaria, peixaria, artesanato, queijaria, entre outros serviços. O empreendimento deve gerar 2.000 vagas de emprego diretas e indiretas.
A estimativa é que o Mercado receba cerca de 8 mil visitantes por dia, mais de 100 mil por mês e mais de um milhão e meio por ano. O espaço estima movimentar cerca de R$ 7 milhões por mês.
Quem visitar o Mercado Municipal de Niterói vai encontrar no térreo um espaço para comercialização de frutas (com espécies raras e de cultivo orgânico e oriundas da economia familiar), verduras, legumes, açougue, empórios especiais, produtos gourmet, queijos, laticínios e especiarias. Os restaurantes, cervejarias artesanais e uma adega estão no mezanino. Haverá também uma nova praça, boulevard e estacionamento com cerca de 200 vagas. O cuidado com o meio ambiente também está presente. O local conta com medidas de sustentabilidade, como o uso da luz natural, reaproveitamento de água de chuva e telhado verde.
A recuperação e a reabertura do espaço foram feitas através de uma parceria entre a Prefeitura de Niterói e o Consórcio Novo Mercado Municipal, que tem o empresário Marcelo Viana à frente do empreendimento. Foi firmada uma Parceria Público Privada (PPP) para os próximos 25 anos. Para se chegar até a PPP, foi feita a municipalização do prédio, que pertencia ao governo do estado, que colaborou nesse sentido.
O prédio do Mercado Municipal de Niterói faz parte de um conjunto arquitetônico da região portuária da cidade e possui significativa importância histórica. Em 1977, após o fechamento do Mercado, o espaço passou a ser o Depósito Público Estadual. O local também serviu como base para o CEASA (Centrais de Abastecimento), e um centro de assistência social. Na gestão do ex-prefeito Rodrigo Neves o mercado que pertencia ao estado foi municipalizado, assim podendo dar prosseguimento a um projeto que viabilizasse a reconstrução do espaço que estava abandonado.
A revitalização do Mercado Municipal é uma das metas cumpridas do Plano Niterói Que Queremos, um planejamento pensado para 30 anos de progresso para a cidade em diversas áreas, totalmente ligado ao conceito das Smart Cities, também criado na gestão do ex-prefeito Rodrigo Neves e seguindo na gestão do prefeito Axel Grael, que dá continuidade ao Plano.
2017
Em 2017 foi dado início ao projeto. O local era uma área degradada de Niterói. Havia galpões abandonados com centenas de pessoas em condições sub-humanas. Em 2019 acontece a demolição do antigo galpão da Ceasa, situado atrás do Mercado Municipal de Niterói, onde viviam pessoas em situação de rua e condições terríveis de vida. Em uma força-tarefa, essas pessoas foram apoiadas pela Prefeitura. Após a pandemia o projeto seguiu em frente, até a conclusão e reabertura do Mercado.
1938
Getúlio Vargas na inauguração do Mercado Municipal de Niterói.
2023
Mercado Municipal de Niterói é reaberto ao público.