Maioria dos brasileiros apoia megaoperação no Rio de Janeiro, aponta pesquisa Quaest
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Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (12) pela Quaest revelou que a maior parte dos brasileiros aprova a megaoperação policial realizada nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro. A ação, considerada a mais letal da história do país, recebeu apoio de 67% da população entrevistada.

Aprovação da operação no Rio de Janeiro

De acordo com o levantamento, 67% dos entrevistados disseram apoiar a operação das polícias Civil e Militar, enquanto 25% afirmaram desaprovar. Outros 4% ficaram neutros e 4% não souberam ou preferiram não responder.

A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos e entrevistou 2.004 pessoas com 16 anos ou mais entre os dias 6 e 9 de novembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.

A ação, que mobilizou centenas de agentes de segurança, terminou com 121 mortos, incluindo quatro policiais. Segundo a Quaest, 97% dos entrevistados em todo o país disseram ter tomado conhecimento da operação.

Opinião dos moradores do estado

Quando a pesquisa foi aplicada apenas entre os moradores do Rio de Janeiro, nos dias 30 e 31 de outubro, o resultado foi semelhante. Na ocasião, 64% aprovaram a ação e 27% se disseram contrários.

Uso da força policial

O estudo também questionou a percepção dos brasileiros sobre a intensidade da força empregada na operação. Para 67% dos entrevistados, não houve exagero da polícia. Já 29% consideraram que as forças de segurança passaram dos limites, enquanto 4% não souberam ou não responderam.

Operações semelhantes em outros estados

A Quaest ainda perguntou se a população gostaria de ver uma operação parecida em seu próprio estado. A maioria (55%) respondeu que não, enquanto 42% disseram que sim. Apenas 3% não opinaram.

Impacto na avaliação do governo Lula

O mesmo levantamento mostrou estabilidade na aprovação do governo federal. Segundo a pesquisa, 50% dos brasileiros desaprovam a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto 47% aprovam, números que configuram um empate técnico.

O diretor da Quaest, Felipe Nunes, afirmou que a repercussão da megaoperação no Rio de Janeiro e as declarações do presidente sobre o tema interromperam a recuperação da popularidade do governo.

“Se o tarifaço mudou a trajetória da aprovação a favor de Lula, a pauta da segurança pública interrompeu a lua de mel tardia do governo com o eleitorado independente”, analisou.

Na comparação com outubro, a aprovação de Lula caiu de 48% para 47%, e a desaprovação subiu de 49% para 50%. O número de entrevistados que não souberam ou não responderam permaneceu em 3%.