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Guarda Municipal de Niterói sem armas de fogo

Guarda Municipal de Niterói sem armas de fogo
População foi as urnas e decidiu que armar a Guarda Municipal não seria a melhor opção

Foi de lavada, com 100% das urnas apuradas a opção “não” venceu a consulta pública realizada ontem(29) em Niterói. Foram computados 5478 votos a favor e 13478 contrários ao armamento da guarda. A apuração dos votos aconteceu no 12º Batalhão da Polícia Militar e estava prevista para encerrar por volta de 21h, o que não aconteceu, passando de 1h da madrugada desta segunda(30). A OAB e o Centro Comunitário de Segurança de Niterói também ajudaram na fiscalização de todo o processo.
As urnas estiveram abertas das 8h às 17h e na votação foram usadas cédulas de papel onde o eleitor assinalou “sim” ou “não” a pergunta: “Você é a favor do uso de armas de fogo pela Guarda Municipal de Niterói?”. A votação não foi obrigatória e obteve a marca de apenas 18.989 5,1% dos 371.736 eleitores do município.
Os guardas municipais de Niterói usariam pistolas calibre 380, que ainda não foram compradas. Seriam exigidos dos guardas municipais de Niterói um curso de capacitação rigoroso, com carga horária seis vezes superior ao exigido pela legislação para o uso de armas de fogo.

Para a realização da consulta a Prefeitura gastou R$350.000 na contratação do Instituto de Avaliação Nacional(IAN) que realizou o plebiscito.

CREDIBILIDADE COMPROMETIDA

Segundo o Jornal O Globo após relatos de eleitores sobre a fragilidade no sistema da consulta pública, uma repórter do GLOBO comprovou que era possível votar sem ter domicilio eleitoral no município e votar mais de uma vez. Uma falha no aplicativo de votação fez com que mesários ficassem sem acesso as informações dos eleitores, fazendo com que eles não conseguissem comprovar que os eleitores que estavam apenas com o documento de identidade tinha o título na cidade, foi assim que a repórter do GLOBO fez, neste caso não era possível saber se o eleitor era de Niterói ou não. Na seção da Escola Municipal Anísio Teixeira, em São Domingos, a repórter do GLOBO votou pela segunda vez, mesmo sem que o mesário encontrasse seus dados na plataforma.