Guarda Ambiental de Niterói monitora elefante-marinho — entenda

A manhã desta terça-feira (29/07) começou com uma cena inusitada e encantadora em Niterói: um elefante-marinho, com cerca de 3 a 4 toneladas, foi visto descansando na orla do Canal de São Francisco, na Zona Sul da cidade. A Guarda Ambiental de Niterói atua no isolamento da área e no apoio técnico ao monitoramento do animal.

A ação conta com suporte do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMPBS), da Econservation e do Laboratório de Mamíferos Aquáticos da UERJ.

Animal já havia sido visto em Piratininga e Charitas

Segundo a Guarda Municipal, o elefante-marinho foi primeiramente avistado no sábado (26) na Praia de Piratininga. Desde então, seguiu nadando pela Baía de Guanabara, passou por Charitas e agora parou em São Francisco, onde permanece em repouso.

“A Guarda Municipal vem monitorando esse animal desde sábado em Piratininga. Ontem ele nadou pela Baía de Guanabara, chegou próximo a areia em Charitas e depois parou em São Francisco à noite. Ficamos com equipe até 21 horas até ele voltar novamente para o mar e hoje ele apareceu aqui na orla de São Francisco novamente. A ajuda de populares tem sido muito importante porque são os nossos olhos e é importante ter essa integração com a população.  Isolamos a área para não estressar o animal. Ele está em repouso. É muito importante que a população não chegue perto. O animal está sendo monitorado”, explicou o subinspetor Jociley Neves, da Guarda Ambiental.

Área foi isolada para proteger o animal e a população

A área onde o elefante-marinho repousa foi isolada em um raio de 40 metros, evitando que a aproximação de curiosos estresse o animal ou cause riscos à segurança.

“A presença desses animais pode causar estranhamento, pois não é algo incomum para a população local. No entanto, a ocorrência de elefantes-marinhos é esperada anualmente. Temos contado com a colaboração da Guarda Ambiental de Niterói, que tem desempenhado um papel fundamental em parceria com nossa equipe durante o monitoramento. É essencial isolar a área, pois o animal necessita de descanso. Essa pausa faz parte de sua jornada, pois ele busca áreas terrestres para descanso durante suas viagens para se alimentar no mar”, reforçou o biólogo Rafael Carvalho, da UERJ.

Fenômeno é natural nesta época do ano

De acordo com especialistas, durante o inverno no Hemisfério Sul, é comum que jovens elefantes-marinhos vindos da Patagônia se afastem das colônias em busca de alimento e descanso. O litoral do Sudeste brasileiro costuma ser ponto de parada desses mamíferos.

“Apesar de causar estranhamento, a presença desses animais é esperada. São jovens que viajam longas distâncias e descansam em áreas terrestres”, explicou o veterinário Diogo Cristo, da Econservation.

O que fazer ao avistar um animal marinho?

A Coordenadoria de Meio Ambiente da Guarda Municipal orienta:

• Não se aproxime nem tente tocar no animal
• Não ofereça alimentos ou líquidos
• Mantenha silêncio e evite aglomerações no entorno
• Acione o CISP pelo número 153

Casos como esse seguem protocolos rigorosos, com avaliação veterinária, e só são transferidos para centros especializados em caso de risco à saúde do animal.