Nesta sexta-feira (5), o Governo do Estado do RJ divulgou a formação de uma equipe especial com o objetivo de fazer a sucção do contaminante responsável pela poluição das águas fluviais. A substância tóxica, conhecida como tolueno, resultou na interrupção do fornecimento de água em localidades como Niterói, São Gonçalo e outras áreas desde a quarta-feira (3).
A força-tarefa do governador Cláudio Castro se reuniu, nesta sexta-feira (05/04), para definir medidas que viabilizem a retomada da produção de água no Sistema Imunana-Laranjal, paralisada devido à contaminação do manancial por tolueno. Foi estabelecido um plano de ação para conter o derramamento do composto químico nos rios Rio Guapiaçu, em Guapimirim, que abastecem parte da Região Metropolitana.
A mobilização envolve as secretarias de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, da Polícia Civil, da Polícia Militar, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a Cedae, a Petrobras e as concessionárias Águas do Brasil e Águas do Rio.
“Estamos unindo esforços para encontrar uma solução conjunta, com a contribuição de cada instituição. Nosso objetivo é normalizar a distribuição de água o mais rápido possível.”
Afirmou o secretário do Ambiente, Bernardo Rossi.
Foi definido que Inea, Cedae e Petrobras vão ceder maquinário para realizar a sucção do poluente que está contaminando a água dos rios. A Petrobras e a Transpetro se comprometeram a disponibilizar equipamentos como barreiras de contenção, recolhedores de oleofílico e vertedouro e mantas absorventes.
A Cedae já instalou barreira num canal onde foi constatada a contaminação, o que reduziu o índice de tolueno na água. Técnicos avaliaram que será necessário fechar o acesso de um outro canal onde também há indício de derramamento do produto.
O secretário Bernardo Rossi ressaltou a importância da revisão das licenças de utilização de tolueno, assim como a identificação da responsabilidade sobre o terreno no entorno do rio, em Guapimirim.
O Sistema Imunana-Laranjal
O sistema Imunana-Laranjal abastece as cidades de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, parte de Maricá (Inoã e Itaipuaçu) e a Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro. A contaminação da água foi constatada na quarta-feira (03/04) pela Cedae e, a partir disso, foi criada uma força-tarefa do Governo do Estado e aberta a investigação policial.
O que diz a Águas de Niterói
“Águas de Niterói informa que o abastecimento de toda a cidade continua suspenso, devido à paralisação do Sistema Imunana-Laranjal, operado pela Cedae, e não tem previsão de retorno. É fundamental que os clientes economizem água até que o abastecimento seja normalizado.
A concessionária esclarece que não há nenhum risco de a população da cidade ter recebido água imprópria para consumo. A Cedae interrompeu o sistema antes da captação da água ser contaminada e garante que a operação só será retomada quando a água estiver totalmente adequada para o consumo humano. Antes de chegar às residências, a água distribuída pela concessionária passa por rigorosos testes, que comprovam o atendimento a todos os parâmetros de potabilidade exigidos pelo Ministério da Saúde. Águas de Niterói segue acompanhando o processo de restabelecimento do sistema, incluindo as análises da água, controlando os reservatórios da cidade, e enviando comunicações aos clientes. Águas de Niterói está com 40 caminhões-pipa abastecendo os locais que prestam serviços essenciais.”
O que diz a Prefeitura de Niterói
O prefeito Axel Grael informou que segue “em contato direto com a Cedae e com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) acompanhando a situação do abastecimento de água em nossa cidade. Coloquei equipamentos e técnicos da Prefeitura de Niterói à disposição para ajudar a solucionar o problema. Estou orientando o abastecimento das unidades de saúde através de carros-pipca e buscando minimizar o impacto em nossas escolas. Reitero o pedido para que economizem água até que a situação se normalize.”