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Estaleiro Mauá recebe comitiva Chinesa em Niterói

Visita acontece após articulação do Brasil com a China no BRICS

Divulgação/Estaleiro Mauá
Divulgação/Estaleiro Mauá

O Estaleiro Mauá, em Niterói, foi o primeiro a receber, nesta semana, a visita de uma comitiva internacional estratégica, resultado direto das articulações do Governo Federal com a China no âmbito do BRICS. A visita marca um passo importante na consolidação de parcerias entre os países do bloco, com foco no fortalecimento da indústria naval brasileira.

A aproximação foi impulsionada pela recente viagem do presidente da República à China, onde, durante encontros bilaterais e no contexto do BRICS, defendeu a retomada da indústria naval como um eixo estratégico para o crescimento sustentável do Brasil. Na ocasião, o presidente solicitou apoio do governo chinês para a construção de parcerias estruturais que promovam inovação, geração de empregos e reindustrialização — com os estaleiros brasileiros como protagonistas.

A visita ao Mauá foi articulada com apoio direto da Casa Civil e da Transpetro e contou com representantes chineses interessados em avaliar de perto a capacidade técnica, a infraestrutura e as oportunidades de cooperação oferecidas pelo setor naval nacional. “Receber essa comitiva é um marco que nos orgulha e nos projeta para um novo ciclo. Mostra que o Mauá segue sendo referência nacional e internacional em competência técnica e potencial produtivo. Estamos prontos para essa nova fase de colaboração e crescimento”, afirmou Miro Arantes, CEO do Estaleiro Mauá. Após o Mauá, a comitiva seguirá para o Estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco.

Como desdobramento prático, alguns termos de viabilidade técnica e institucional foram assinados no último dia 5, sinalizando um novo momento para a indústria naval brasileira. O objetivo é transformar as intenções políticas e diplomáticas firmadas no BRICS em ações concretas de reindustrialização, com aporte tecnológico, capital estrangeiro e fortalecimento da produção nacional.

A escolha do Mauá como ponto de partida reforça seu papel histórico e estratégico na cadeia naval do Brasil, consolidando o estaleiro como peça-chave nas futuras relações entre o país e os parceiros do BRICS.