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Cidade no Rio de Janeiro se prepara para lançar foguetes ao espaço

Descubra como a Cidade no Rio de Janeiro se prepara para lançar foguetes ao espaço e se tornar referência no Programa Espacial Brasileiro.

Maricá | Divulgação
Maricá | Divulgação

Esta cidade do Estado do Rio de Janeiro está prestes a entrar no seleto grupo de protagonistas do setor aeroespacial brasileiro. Com uma proposta ousada e estratégica, o município avança para se tornar um novo polo de lançamento de foguetes e satélites, mirando o desenvolvimento tecnológico como vetor de geração de empregos, crescimento econômico e projeção internacional.

O plano inclui a construção de um Centro Aeroespacial em uma área com localização privilegiada para voos suborbitais, atraindo atenção da Agência Espacial Brasileira e especialistas do setor.

O projeto, que promete transformar a região em uma espécie de “Cabo Canaveral nacional”, está sendo articulado por autoridades municipais, entidades de inovação e representantes do governo federal — e já começou a movimentar os bastidores da ciência, da indústria e da política nacional.

A Prefeitura de Maricá deu um passo decisivo para transformar o município em referência no Programa Espacial Brasileiro (PEB). Em uma reunião estratégica com o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Marco Antonio Chamon, e o presidente da Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), Celso Pansera, foi discutida a implantação de um Centro Aeroespacial nas Ilhas Maricás, em Itaipuaçu, com foco no lançamento de foguetes e satélites.

Localização estratégica e impacto econômico

Segundo o prefeito Washington Quaquá, a posição geográfica de Maricá oferece vantagens técnicas únicas:

“As Ilhas têm uma posição geofísica privilegiada. Daqui, os foguetes consomem menos combustível e chegam mais rápido ao espaço”, explicou Quaquá.

Além da importância científica e tecnológica, o projeto promete estimular a economia local, com a criação de empregos diretos e indiretos, movimentação do setor de serviços e incremento no turismo científico. “Moradia, alimentação e logística para os funcionários do centro aeroespacial trarão mais receita e desenvolvimento para Maricá”, afirmou o prefeito.

Foto: Elsson Campos

Entusiasmo e apoio técnico

O presidente da AEB, Marco Chamon, que acumula 40 anos de experiência no setor, se mostrou empolgado com a proposta:

“O Brasil tem vocação para o desenvolvimento espacial. E Maricá reúne as condições ideais. É a primeira vez que vejo tamanha empolgação em um projeto como esse.”

A legislação atual permite que o Programa Espacial avance com mais flexibilidade em diferentes níveis de governo, o que fortalece a posição de Maricá como potência emergente no setor aeroespacial.

Benefícios sociais e tecnológicos

O programa espacial é um vetor de crescimento tecnológico e social. Além do lançamento de satélites, que impactam diretamente áreas como agricultura, monitoramento ambiental e transporte por aplicativo, o projeto impulsiona a formação de mão de obra qualificada.

O presidente da Codemar, Celso Pansera, destacou a relevância do município no cenário global:

“Existe uma escassez de locais no mundo para lançamento de foguetes. As Ilhas Maricás têm um potencial técnico extraordinário para isso.”

Divulgação/Prefeitura de Maricá

Próximos passos: formação de profissionais e evento nacional

O projeto agora entra na fase de estudos técnicos e articulações para a criação de um polo de formação de engenheiros aeroespaciais, profissionais responsáveis pela projeção, testes e inovações em sistemas de voo.

O brigadeiro José Vagner Vital, da Força Aérea Brasileira, afirmou:

“Maricá será o Cabo Canaveral do Brasil. Um polo como esse transforma completamente o futuro de uma cidade em até 15 anos.”

Além disso, a Agência Espacial Brasileira planeja realizar ainda em 2025, em Maricá, um evento nacional reunindo governo, setor privado e academia, com o objetivo de levantar investimentos para consolidar o Centro Aeroespacial no município.