Foi encaminhado nesta quinta-feira (27), pela Comissão de Educação da Câmara Municipal de Niterói, um ofício ao Ministério da Educação solicitando esclarecimentos sobre o corte orçamentário nas universidades públicas, em especial na Universidade Federal Fluminense.
De acordo com o presidente da Comissão de Educação, o vereador Binho Guimarães (PDT), “o poder social da educação precisa ser prioridade nacional, dentro de um projeto de Estado, independentemente de governos que neguem sua importância. A pandemia apenas comprovou como Ciência, Educação e Tecnologia são as armas do futuro, agora mais do que nunca”.
Em audiência pública na última segunda-feira (24), o reitor da UFF, Antônio Cláudio, esclareceu que o valor liberado atualmente à universidade é de R$ 142,9 milhões, o que representa 81,2% do montante destinado em 2020. Segundo o reitor, esse corte no orçamento ameaça a interrupção de boa parte dos serviços prestados pela UFF, como o pagamento de contratos essenciais de energia, água, limpeza e manutenções básicas.
Fundamental para a economia de Niterói e maior universidade do país em número de estudantes são mais de 46 mil, a UFF tem um complexo de atividades que transcendem a atividade acadêmica. Em sua estrutura estão: Hospital de média e alta complexidade (HUAP); Hospital Veterinário; Maternidade Escola (Oriximiná); Farmácia Universitária; Escolas de Educação Infantil, Fundamental e Médio; Centro De Artes (Cinema, Teatro, Galeria De Artes, Orquestra Sinfônica, Quarteto De Cordas, Grupo de Música Antiga); editora, livraria, bibliotecas, quadras esportivas e piscinas.
Além disso, a UFF tem uma significativa responsabilidade social, com mais de 5 mil estudantes beneficiários de bolsas/auxílios ou participantes de programas assistenciais. Além disso, possui três restaurantes universitários e duas moradias estudantis, essenciais para alunos em situação de vulnerabilidade.