
O Instituto Médico-Legal (IML) do Rio de Janeiro está com atendimento exclusivo para as vítimas da operação policial mais letal da história do estado, que deixou 128 mortos até o momento. Desde as primeiras horas da manhã desta quarta-feira (29), familiares têm chegado em grande número à unidade, na Avenida Francisco Bicalho, para realizar o reconhecimento e a liberação dos corpos.
A alta demanda motivou o apoio do posto do Detran, localizado no mesmo endereço, que auxilia na logística e na recepção das famílias. A movimentação é intensa no local, com filas formadas na entrada do IML.

De acordo com informações apuradas, todos os corpos das vítimas da operação — deflagrada nesta terça-feira (28) — estão passando por perícia técnica e necropsia detalhada, incluindo a perícia independente conduzida pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ). O objetivo é garantir transparência e rigor na apuração das mortes registradas.
Por conta da operação especial, casos sem ligação com o episódio estão sendo encaminhados para o IML de Niterói, no bairro Barreto, que concentra os atendimentos gerais enquanto a sede do Rio dedica esforços às vítimas da operação.
A expectativa é de que os trabalhos no IML da capital sigam durante todo o dia, com apoio de equipes periciais, policiais e de assistência social para atender as famílias das vítimas.