Brasil

Primeira granja com gripe aviária no Brasil: o que se sabe

Saiba tudo sobre a primeira granja com gripe aviária no Brasil: o que se sabe e quais são as medidas do governo.

Freepik
Freepik

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou, nesta quinta-feira (15), o primeiro caso de gripe aviária de alta patogenicidade (IAAP) em uma granja comercial de aves no Brasil. O foco foi detectado em um matrizeiro no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul.

Segundo o Mapa, não há risco de transmissão da gripe aviária pelo consumo de carne de frango ou ovos, que continuam seguros para a população. O órgão reforça que a infecção em humanos é rara e costuma ocorrer apenas em pessoas com contato direto e prolongado com aves infectadas — vivas ou mortas.

Fala do ministro Carlos Fávaro sobre primeiro foco de gripe aviária em granja comercial no Brasil:

Medidas emergenciais já estão em curso

O governo federal ativou imediatamente o plano nacional de contingência, com ações de contenção e erradicação do foco da doença. O objetivo é evitar a disseminação do vírus, preservar a capacidade produtiva da cadeia avícola e manter o abastecimento interno, garantindo a segurança alimentar da população.

O Brasil, que até então havia registrado apenas casos em aves silvestres, reforça agora a vigilância também no setor produtivo. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), parceiros comerciais, e os ministérios da Saúde e do Meio Ambiente já foram oficialmente notificados.

Prevenção e controle vêm de longa data

Desde a década de 2000, o Brasil adota ações preventivas rigorosas para evitar a entrada do vírus no sistema de avicultura comercial. Entre elas estão o monitoramento de aves silvestres, vigilância epidemiológica nas granjas, capacitação contínua de profissionais da área veterinária e controle em fronteiras e pontos de entrada de produtos de origem animal.

O Serviço Veterinário Oficial já havia sido treinado e equipado para lidar com situações como esta, e as estratégias implementadas até agora permitiram adiar a chegada do vírus por quase 20 anos à avicultura comercial brasileira.