
Uma grave intoxicação alimentar causou a morte de Cleuza Maria de Jesus Dias, de 78 anos, que estava internada há mais de um mês no CTI do Hospital MedSênior Pampulha, em Belo Horizonte. A idosa teria ingerido um pedaço de torta de frango adquirida em uma padaria na região da Pampulha, no dia 21 de abril.
Cleuza passou mal no dia seguinte e sofreu uma parada respiratória, sendo socorrida pelo próprio filho antes de ser hospitalizada. Ela faleceu na última terça-feira (27), após complicações decorrentes da contaminação.
Casal que também consumiu o alimento segue internado
A torta foi comprada pela sobrinha da vítima, Fernanda Isabella de Morais Nogueira, de 23 anos, e seu namorado, José Vitor Carrillo Reis, de 24, que também ingeriram uma empada do mesmo local. Horas depois, ambos começaram a apresentar sintomas severos e precisaram ser internados na cidade de Sete Lagoas, a 72 km da capital mineira.
O casal chegou a ficar três semanas na UTI e ainda permanece internado. Os dois relataram que o alimento tinha gosto estranho e chegaram a retornar à padaria para reclamar.
Investigação em andamento e padaria interditada
De acordo com relatos, os alimentos haviam sido preparados dois dias antes e estavam congelados até serem colocados à venda. O padeiro responsável disse que parte da mesma torta foi levada para casa, e que nenhum membro da sua família passou mal.
Desde o dia 23 de abril, a Vigilância Sanitária de Belo Horizonte determinou a interdição da padaria, enquanto os órgãos de saúde investigam a real causa da intoxicação. Os sintomas levaram as vítimas a receberem soro contra botulismo de forma preventiva, mas exames descartaram a presença da toxina botulínica nos organismos.
Tragédia levanta alerta sobre segurança alimentar
O caso de Cleuza reacende o debate sobre os riscos de alimentos contaminados e a importância da fiscalização sanitária rigorosa em estabelecimentos comerciais. Mesmo com os produtos congelados, falhas no armazenamento, manuseio ou na refrigeração podem provocar casos graves de contaminação, principalmente em idosos, que são mais vulneráveis.