
A brasileira Juliana Marins, de 26 anos, natural de Niterói, que sofreu uma queda em um penhasco de um vulcão durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, no último sábado (21), infelizmente não resistiu.
A informação foi confirmada oficialmente pela família no fim da manhã desta terça-feira (24):
“Hoje, a equipe de resgate conseguiu chegar até o local onde Juliana Marins estava. Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu. Seguimos muito gratos por todas as orações, mensagens de carinho e apoio que temos recebido,” comunicaram os familiares pelas redes sociais.
Operação chegou ao 4º dia de buscas
No 4º dia de buscas, as equipes de resgate montaram um acampamento avançado próximo ao ponto onde Juliana havia sido localizada no Parque Nacional do Monte Rinjani.
Os socorristas precisaram descer uma encosta tão íngreme quanto o equivalente à altura do Corcovado, no Rio de Janeiro, para alcançar o local em que a jovem se encontrava.
Na segunda-feira (23), imagens captadas por um drone operado pelos resgatistas mostraram Juliana imóvel, aproximadamente 500 metros abaixo do penhasco.
Com a retomada das buscas nesta terça-feira (24), os socorristas confirmaram que Juliana havia deslizado ainda mais, sendo localizada a cerca de 650 metros da trilha original.
Mochilão pela Ásia
Natural de Niterói (RJ), Juliana era formada em Publicidade e Propaganda pela UFRJ e também atuava como dançarina de pole dance. Desde fevereiro deste ano, realizava um mochilão pelo Sudeste Asiático e já havia passado por países como Filipinas, Vietnã e Tailândia, antes de chegar à Indonésia.
O Monte Rinjani, localizado na Ilha de Lombok — vizinha a Bali —, é um vulcão ativo com 3.721 metros de altitude, cercado por um lago e uma das trilhas de aventura mais famosas e desafiadoras da Indonésia. A trilha, no entanto, exige preparo físico e experiência, já que parte do trajeto é em ar rarefeito e requer pernoite.
Como aconteceu o acidente
O acidente ocorreu durante a madrugada de sábado (21), no horário da Indonésia (meio da tarde de sexta-feira, dia 20, no Brasil).
Juliana fazia parte de um grupo de 6 turistas acompanhados por 2 guias locais, segundo informações das autoridades do parque.
A família relatou que Juliana foi abandonada pelo guia por mais de 1 hora, antes de sofrer o acidente.
“Descobrimos isso em contato com pessoas que trabalham no parque. Juliana estava nesse grupo, mas ficou muito cansada e pediu para parar um pouco. Eles seguiram em frente, e o guia não ficou com ela,” afirmou a irmã de Juliana, Mariana, em entrevista ao programa Fantástico.
“O guia seguiu com o grupo até o cume que eles pretendiam alcançar, e Juliana ficou sozinha por mais de uma hora.”
Segundo relatos das autoridades locais, Juliana entrou em desespero ao perceber que estava sozinha na trilha e sem orientação:
“Ela não sabia para onde ir, não sabia o que fazer. Quando o guia voltou, porque percebeu que ela estava demorando muito, viu que ela havia caído no desfiladeiro,” contou Mariana.