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Balão cai com 35 pessoas e tragédia deixa uma vítima fatal

Um balão cai com 35 pessoas a bordo em São Paulo, resultando em uma vítima fatal e feridos. Saiba mais sobre o acidente.

Reprodução/TV Globo
Reprodução/TV Globo

Um balão com 35 ocupantes caiu na manhã deste domingo (15) em uma área rural de Capela do Alto, no interior de São Paulo. O acidente deixou uma mulher morta e 11 pessoas feridas, segundo informações da Polícia Militar.

A aeronave, que transportava 33 passageiros, além do piloto e um auxiliar, partiu da cidade vizinha, Boituva, conhecida como polo nacional do balonismo. No momento do acidente, ocorria o 38º Campeonato Brasileiro de Balonismo, mas o balão envolvido não fazia parte da competição oficial.

Piloto tentou pouso forçado e falhou, diz polícia

De acordo com relatos, o piloto tentou pousar o balão em áreas inadequadas, sem sucesso, o que teria provocado a queda. Das vítimas, seis com escoriações leves permanecem sob observação em hospital municipal de Capela do Alto. Outras duas foram transferidas para o Centro Hospitalar de Sorocaba.

Parte dos passageiros fugiu do local antes da chegada das autoridades. O piloto, Fábio Salvador Pereira, foi preso em flagrante e levado à Delegacia de Tatuí, onde foi autuado por homicídio culposo agravado e atividade irregular de balonismo.

Balão estava irregular e voo foi feito sem permissão

Segundo a Confederação Brasileira de Balonismo (CBB), o balão era de uso turístico, não possuía autorização de voo, e o Certificado de Aeronavegabilidade estava vencido. A organização do campeonato confirmou que as condições climáticas não permitiam voos naquele dia, e que todos os voos foram suspensos previamente por segurança.

O Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA) e o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) estão apurando as causas da queda.

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Empresa que operava o balão já havia sido lacrada pela prefeitura

A Prefeitura de Boituva informou que a empresa Aventurar, responsável pelo balão, já havia sido interditada anteriormente por irregularidades. A companhia teria retomado suas atividades com outro CNPJ, prática considerada irregular pela administração municipal.

Segundo a prefeitura, o proprietário ainda não se apresentou à polícia, e o caso está sendo tratado como reincidência. Uma reunião com representantes da CBB, da Associação de Balonistas e da equipe de fiscalização jurídica municipal foi convocada para avaliar medidas administrativas, incluindo nova lacração da empresa.

Irregularidades incluem balão sem documentação e piloto sem licença

A CBB aponta como irregularidades: balão não documentado, piloto sem licença válida e construção da aeronave feita por empresa não qualificada. A prefeitura ressaltou que o balonismo exige competência técnica, obediência a normas legais e regulatórias, e que, apesar do incidente, a atividade é um importante vetor de turismo e geração de empregos locais.