Niteroiense Jayme Periard estreia a peça 'A Quebra', em Niterói

Em comemoração aos seus 40 anos de carreira, Jayme Periard volta aos palcos com o espetáculo “A Quebra”. Elogiado pela crítica e pelo público em recente temporada no Rio, o monólogo faz a sua estreia em Niterói, cidade onde o ator nasceu. Serão apenas três apresentações, nos dias 19, 20 e 21 de abril, no Theatro Municipal de Niterói. As sessões serão na sexta-feira, às 20h, no sábado, às 19h, e no domingo, às 19h. A concepção e direção são assinadas pelo próprio ator.

Com dramaturgia de Regina Antonini, a peça nos leva a conhecer e a refletir sobre os inúmeros casos de abuso sexual contra menores na Igreja Católica. Já amplamente retratadas nos cinemas, em documentários e filmes, e pela grande cobertura da imprensa mundial nos últimos anos, essas histórias nos são agora apresentadas pela primeira vez no teatro.

Em vários países, comissões independentes têm feito levantamentos sobre esses abusos e os seus resultados são alarmantes. A maioria dos abusos sexuais ocorreu quando as crianças tinham entre 9 e 14 anos. E não podemos nunca esquecer: “são crianças, não uma mera estatística”, diz Periard, que está no ar na novela das sete “Família é Tudo”, na Globo.

O espetáculo

Jayme Periard se reveza nos quatro personagens do espetáculo: o Cardeal, o Jornalista, o Padre e a Vítima. Revelando, através deles, sacerdotes abusadores, aqueles que os protegem e o silêncio sobre esses crimes que ainda impera no Brasil. E nos apresenta o relato sensível e sincero de uma das vítimas.

Os 40 anos de carreira

Atualmente, Periard está no ar na novela das sete da Globo “Família é Tudo”, como Ramón. Em sua trajetória de 40 anos, o niteroiense traz na bagagem muitos sucessos, em novelas e minisséries, passando pelas TV Globo, Rede Record, TV Bandeirantes, SBT e pela extinta Rede Manchete. Atuou em “A gata comeu” (Globo, 1985), “Dona Beija” (Manchete, 1986), “Roda de fogo” (Globo, 1986), “Brega & Chique” (Globo, 1987), “Mandala” (Globo, 1987), “Despedida de solteiro” (Globo, 1992), “O Portador” (Globo, 1991), “Xica da Silva” (Manchete, 1996), “Mandacaru” (Manchete, 1997), “Amor e revolução” (SBT, 2011), “Escrava mãe” (Record, 2016), entre outras. Além de várias peças de teatro em que encenou, dirigiu e produziu.