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Nicolas de Souza Barros lança o CD “Chora, Violão!” em Niterói, dia 16, domingo

Nicolas de Souza Barros lança o CD “Chora, Violão!” em Niterói, dia 16, domingo

Terceiro disco do violonista reúne choros, polcas, tangos, valsas e obras de emoção, escritas por Francisco Mignone, Ernesto Nazareth, Henrique Alves de Mesquita e Eduardo Souto, originalmente escritas para piano, agora com arranjos próprios para violão de 8 cordas

EVENTOS – Foi em 2016, a partir de um arranjo para a Valsa de Esquina No.1 de Francisco Mignone (1897-1986), uma das obras mais inspiradas da música brasileira e composta originalmente para piano, que o violonista Nicolas de Souza Barros concebeu o CD “Chora, Violão!”. A adaptação da obra de Mignone para o violão o instigou a elaborar um disco seguindo o mesmo propósito, lançando luz ao instrumento a partir de arranjos próprios para obras originalmente escritas para piano. O disco será lançado no sábado, dia 15 de julho, no Centro Cultural Justiça Federal, e no domingo, 16 de julho, no Solar dos Jambeiros, em Niterói.

Entre os repertórios pesquisados, não poderiam faltar outras valsas. Essa forma musical que chegou no país em 1816, e nas suas metamorfoses em terras brasileiras a valsa lenta e “chorada”, passaria a ser um integrante essencial da identidade musical do nosso país. A valsa foi também uma das formas principais de Ernesto Nazareth (1863-1934), exímio compositor-pianista que chegou a escrever nada menos que 42 delas, geralmente fazendo referências nos seus títulos às personagens e universos femininos que conhecia. Nestas obras, não é raro ouvirmos reverberações românticas e traços melódicos que evocam as criações do compositor polonês Frederic Chopin (1810-1849), uma das principais influências do brasileiro. As sonoridades da música popular brasileira estão igualmente presentes, bem como elementos da música de salão européia. No CD, foram escolhidas as valsas Eponina e Cardosina.  A partir de uma busca por todas as suas obras não trabalhadas no primeiro CD de Nicolas de Souza Barros (Ernesto Nazareth por Nicolas de Souza Barros: violão de oito cordas), o músico realizou, em 2016, novos arranjos de vinte obras, das quais seis, além das duas valsas escolhidas, integram o CD “Chora, Violão!”: os tangos brasileiros (choros) Guerreiro e Cruzeiro; duas obras de caráter mais latino, o tango-habanera Plangente e o tango argentino Nove de Julho; a meditação Mágoas e finalmente o tango de salão O Alvorecer.

Por sua vez, o jovem Francisco Mignone manteve grande contato com a música popular, tocando piano nos cinemas e bailes e flauta nas serenatas. Tendo grande facilidade para o improviso, compunha obras mais populares sob o pseudônimo de Chico Bororó. O CD fecha com a genial Valsa-Choro No. 3, que é também a única obra do disco escrita originalmente para violão (de 6 cordas). Nesta re-elaboração para o instrumento de 8 cordas, a peça foi transposta do tom original de Ré menor para Si menor.

A partir também da pesquisa sobre as obras para piano de Henrique Alves de Mesquita (1830-1906), um dos mais importantes compositores da geração anterior a Nazareth, e cujo estilo composicional prenuncia variadas características nazarethianas, o violonista selecionou quatro de suas polcas-cateretês (Quebra-Quebra minha genteA surpresa, A baiana e Mayá), além de Batuque, considerada uma das obras emblemáticas do século XIX, em função da sua criatividade e beleza melódica.

Finalmente, o tango de salão O despertar da montanha, uma das obras mais conhecidas de Eduardo Souto (1882-1842), apresentada ao violonista por José Miranda Pereira, colegas na época de fundação da Associação de Violão do Rio (AV-Rio; instituída em 2001), do qual foi o primeiro presidente.

 

NÍCOLAS DE SOUZA BARROS

Doutor em Música (UNIRIO – 2008), Nicolas de Souza Barros é um dos mais conceituados especialistas do país em instrumentos eruditos de cordas dedilhadas, como o violão de oito cordas, alaúdes variados e a guitarra barroca. É Professor Associado de Violão Clássico e matérias conexas da UNIRIO, onde mais de uma dezena de seus orientandos tornaram-se posteriormente professores de instituições federais e estaduais de terceiro grau. Já se apresentou em dez países europeus e americanos, assim como nos principais centros brasileiros.  Em 2017, assume a Coordenação do Mestrado Profissional em Música da UNIRIO (PROEMUS), o único do país voltado à  elaboração de produtos ligados ao ensino das práticas musicais, tais como métodos, sites, apps, CDs e outros.

Em 2014 e 2015, lançou os CDs Ernesto Nazareth por Nicolas de Souza Barros – violão de oito cordas Ravel e Debussy – Imagens, ambos com arranjos próprios para este instrumento.  Participou duas vezes noCircuito Nacional SESC Sonora Brasil, participando da primeira turnê da série em 1997 com o conhecido conjunto de música antiga Quadro Cervantes (2 CDs); em 2009, participou do ano destinado ao Violão Brasileiro, realizando 87 concertos (violão solo) em 23 estados brasileiros.

Já trabalhou como músico convidado e arranjador em várias minisséries da TV GLOBO. Desde 2001, é o Diretor Artístico da Associação de Violão do Rio (AV-Rio), ajudando a organizar centenas de eventos e três CDs coletivos. É comumente chamado para tocar com orquestras nacionais e lecionar em festivais de música no Brasil e no estrangeiro.

Já apresentou-se com a Orquestra Petrobrás, a Baltimore Symphony Orquestra (EUA), a Orquestra do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, a Orquestra Sinfônica Nacional (Niterói), a Academia Antiqua (uma das primeiras orquestras barrocas brasileiras), assim como a Orquestra da UNIRIO em várias ocasiões. Realizou estreias nacionais e mundiais de concertos para violão e orquestra de Francisco Mignone, Ronaldo Miranda (Concerto para Quarteto de Violões e Orquestra), J. Orlando Alves, Mario Castelnuovo-Tedesco e Luiz Otávio Braga, também estreando obras para violão solo de Edino Krieger, Pauxy Gentil-Nunes, Ricardo Tacuchian, H. Dawid Korenchendler, Luiz Otávio Braga, Marcelo Rauta e Marco Pereira, entre outros.

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SERVIÇO:

Lançamento do CD “Chora, Violão!”, de Nicolas de Souza Barros

15.07.2017 (sábado) – Centro Cultural Justiça Federal – Série “Violões da AV-Rio”

Horário: 17h

Endereço: Avenida Rio Branco 241. Centro, Rio de Janeiro. Sala das Sessões.

Ingressos: R$ 10,00 (Meia: R$ 5,00)

Obras de Villa-Lobos, Mignone, Nazareth,
Henrique A. de Mesquita, Albeniz e Debussy. Com o Duo de Violões Maria Haro / Vera de Andrade.
Informações:
16.07.2017 (domingo) – Solar dos Jambeiros

Horário: 17h

Endereço:R. Pres. Domiciano, 195 – Ingá, Niterói (RJ).

Informações: (21) 2109-2222

Entrada franca.
As senhas começam a ser distribuídas às 16h30, e o salão é sujeito à lotação (60 lugares).
Obras de Villa-Lobos, Mignone, Nazareth, Henrique A. de Mesquita, Albeniz e Debussy. Duração: 60 minutos.

 

PROGRAMA: 
Francisco Mignone (1897-1986)  – Valsa de Esquina 1 *
Ernesto Nazareth (1863-1934)  – Eponina

Claude Debussy (1862-1918) – Clair de Lune *

H. A. de Mesquita (1830-1909) – Batuque *
– A baiana (polca-cateretê) *

Ernesto Nazareth  – O alvorecer*
Eduardo Souto – O Despertar da Montanha*

Ernesto Nazareth – Guerreiro (tango brasileiro*
– Plangente (tango-habanera)*
– Fon-Fon (tango brasileiro) *

Isaac Albeniz (1860-1909)  – Asturias (Cantos de España Op. 232) *