MAM Rio debate ‘luz’ dentro da obra imersiva de Bia Lessa

A partir de 6 de setembro, o MAM Rio recebe Conversas Anos-Luz, série de encontros gratuitos dentro da instalação imersiva de Bia Lessa. Arte, ciência e literatura se cruzam para pensar a luz em múltiplas dimensões. A programação segue até outubro, celebrando os 120 anos da Light.

MAM Rio lança “Conversas Anos-Luz” dentro da instalação de Bia Lessa

A atividade reúne, aos sábados, uma dupla de convidados — poetas, cientistas, músicos, escritores e artistas visuais — para discutir luz e sombra, espaço e tempo, em meio à experiência imersiva criada para homenagear os 120 anos da Light. As vagas são limitadas e os encontros ampliam os sentidos da obra.

Programação gratuita | Aos sábados

• Sábado, 6 de setembro de 2025, às 16h
  Tema: “Luz, primeiro animal visível do invisível”
  Convidados: Luisa Duarte e Luiz Alberto Oliveira

“Me interessa pensar a luz como organizadora causal do mundo e do pensamento”, antecipa Oliveira.

• Sábado, 13 de setembro de 2025, às 14h
  Tema: “És metade sombra ou todo sombra, tuas relações com a luz como se tecem?”
  Convidados: Flora Sussekind e Nuno Ramos
• Sábado, 20 de setembro de 2025, às 16h
  Tema: “Belezas são coisas acesas por dentro”
  Convidados: Marília Garcia e Moreno Veloso
• Sábado, 27 de setembro de 2025, às 16h
  Tema: “Histórias do Rio através da luz”
  Convidados: Joaquim Marçal Andrade e Lucas Pedretti
• Sábado, 4 de outubro de 2025, às 16h
  Tema: “Ler sem ver”
  Convidados: Carlito Azevedo e Milton Machado

Convidados e perfis (dados integrais)

Luisa Duarte — crítica de arte e curadora

Crítica de arte, curadora e diretora artística da Flexa, galeria baseada no Rio de Janeiro. Mestre em filosofia pela PUC-SP (2011). Doutora pelo Instituto de Arte da UERJ (2019). Foi por nove anos crítica de arte do jornal O Globo (2009/2017). Foi curadora do programa Rumos Artes Visuais, Instituto Itaú Cultural (2005/ 2006). Foi coordenadora geral do ciclo de conferências “A Bienal de São Paulo e o Meio Artístico Brasileiro – Memória e Projeção”, plataforma de debates da 28a Bienal Internacional de São Paulo, “Em Vivo contato…”, 2008. Em 2019 foi curadora, ao lado de Solange Farkas, Miguel Lopez e Gabriel Bogossian da “21 Bienal Sesc Vídeo Brasil – Comunidades Imaginadas”, sendo responsável também pela curadoria dos Programas Públicos desta edição, Sesc 24 de Maio, São Paulo. Em 2023 foi diretora artística da galeria Gomide & Co, São Paulo. A partir de janeiro de 2024 se torna sócia e diretora artística da Flexa, galeria baseada no Rio de Janeiro.

Luiz Alberto Oliveira — físico e curador

Físico, doutor em Cosmologia, pesquisador do Grupo de Cosmologia, Relatividade e Astrofísica do CBPF/MCTI, onde também atuou como professor de História e Filosofia da Ciência. Foi curador Geral do Museu do Amanhã do Rio de Janeiro de 2010 a 2020. Atualmente é pesquisador, palestrante e consultor de diversas instituições brasileiras e internacionais.

Flora Süssekind — ensaísta e pesquisadora

Ensaísta e pesquisadora, professora associada na Graduação em Estética e Teoria do Teatro (Centro de Letras e Artes) e no PPGAC/UNIRIO. Foca estudos em teoria e historiografia literária e teatral, formas de intervenção crítica, relações entre artes e entre arte e técnica, cultura oitocentista brasileira e produção contemporânea.

Nuno Ramos — artista e escritor

Formado em filosofia pela USP. Pintor, desenhista, escultor, escritor, cineasta, cenógrafo e compositor. Exposições regulares no Brasil e exterior. Participou da Bienal de Veneza (1995), representando o pavilhão brasileiro, e das Bienais Internacionais de São Paulo em 1985, 1989, 1994 e 2010. Em 2006, recebeu, pelo conjunto da obra, o Grant Award da Barnett and Annalee Newman Foundation. Em 2010, realizou individuais na Gallery 32 (Londres), no Galpão Fortes Vilaça (São Paulo) e no MAM Rio.

Marília Garcia — poeta, artista, tradutora e editora

Autora de 20 poemas para o seu walkman (Cosac Naify, 2007/Vox Editorial, 2013), Engano geográfico[ (7letras, 2012 / Error geográfico, Barcelona, 2015), Um teste de resistores (7letras, 2014 / Mariposa Azual, 2015), Paris não tem centro (Megamíni, 2015), Câmera lenta (Companhia das Letras, 2017) e Expedição: Nebulosa (Companhia das Letras, 2023) — todos de poesia —, do livro de ensaios Pensar com as mãos (Martins Fontes, 2025) e do infantil Escolha uma palavra (Companhia das letrinhas, 2025), ilustrado por Ligia Franchini.

Moreno Veloso — músico e compositor

Em 2000 gravou o primeiro álbum, Máquina de Escrever Música, com estreia como compositor em 1982 em “Um Canto de Afoxé para o Bloco Do Ilê“, referência ao Ilê Aiyê, bloco carnavalesco de Salvador, Bahia Foundation.

Joaquim Marçal Ferreira de Andrade — pesquisador e curador

Pesquisador da Biblioteca Nacional e curador, pela BN, do portal Brasiliana Fotográfica. Há mais de 35 anos na instituição, atuou como designer e chefiou a Seção de Promoções Culturais, a Divisão de Fotografia e a Divisão de Iconografia. Coordenou o resgate da coleção de fotografias doada por d. Pedro II — hoje no Registro Internacional do Programa Memória do Mundo/Unesco. Membro correspondente da Câmara Técnica de Documentos Audiovisuais, Iconográficos, Sonoros e Musicais do Conarq.

Lucas Pedretti — historiador e doutor em Sociologia

Doutor em Sociologia pelo Iesp/UERJ. Autor de Dançando na mira da ditadura (Arquivo Nacional, 2022) e A Transição Inacabada (Companhia das Letras, 2024); coorganizador de Memória, movimentos sociais e direitos humanos (Editora da UFRJ, 2024). Foi pesquisador da Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro e do Instituto de Pesquisas da Religião.

Carlito Azevedo — poeta e tradutor

Jabuti por Collapsus Linguae (1991). Publicou As banhistas (1993), Sob a noite física (1996), Versos de circunstância (2001), a antologia Sublunar (2001), Monodrama (2009) e O livro das postagens (2016). Foi editor da revista Inimigo Rumor.

Milton Machado — artista visual, professor e escritor

Arquiteto pela FAU-UFRJ e PhD em Artes Visuais pela Goldsmiths, University of London. Atua em pintura, desenho, escultura, crítica e fotografia. Obras em coleções como MAM Rio, Museo de Arte de Lima, Museo Civico Gibellina, Daros Foundation, ESCALA/University of Essex e Pinacoteca de São Paulo. Publicou História do Futuro (2011), Cabeça (2014) e Sutura (poesia, 2023). Professor titular da EBA/UFRJ e da EAV Parque Lage.

Sobre a instalação ‘Anos-Luz’ — números e imersão

Pensada especialmente para o espaço arquitetônico do MAM Rio, a instalação conecta espaços imersivos de luz e elementos expográficos por linhas elásticas que simulam fios da rede elétrica e vibram, representando conexões.

• Área ocupada: 1.845 m²
• Materiais: 65 mil metros de elástico branco e 42 projetores
• Obra inédita: de Milton Machado, 18 m x 7 m
• Parte da instalação ocupa também a área externa (pilotis) do museu.

Realização, patrocínio e temporada

A exposição Anos-Luz tem realização do Rio Memórias e é patrocinada pela Light, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura. Em cartaz até 16 de novembro, no MAM Rio (Av. Infante Dom Henrique, 85 – Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro). Entrada gratuita.

Serviço — MAM Rio | Conversas Anos-Luz | Gratuito

• Quando: sábados (6, 13, 20 e 27 de setembro, 4 de outubro de 2025), em horários indicados na programação
• Onde: MAM Rio — Av. Infante Dom Henrique, 85, Aterro do Flamengo
• Quanto: gratuito (vagas limitadas)