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Grande Sertão: Veredas, em Niterói

Uma jornada teatral épica nas veredas do sertão: Gilson de Barros revive a obra-prima de Guimarães Rosa no Teatro Municipal de Niterói.

Divulgação
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O aclamado projeto “Trilogia Grande Sertão: Veredas”, de João Guimarães Rosa, se apresenta, no Teatro Municipal de Niterói, dias 23, 24 e 25 de agosto.

O projeto, indicado ao Prêmio Shell Rio 2023 nas categorias de Melhor Dramaturgia e Melhor Ator, oferece uma experiência teatral única, colocando no palco a riqueza literária e a profundidade psicológica que tornaram a obra de Guimarães Rosa uma das mais importantes da literatura brasileira.

Dia 23 e 24 de agosto – sexta, 20h e sábado – 19h – apresentação da peça “Riobaldo” (recorte dos amores, na obra).

Dia 25 de agosto – domingo – 19h – apresentação da peça “O Diabo na Rua, no Meio do Redemunho”, (recorte da dialética bem/mal, Deus/diabo).

“Grande Sertão: Veredas”

Publicado em 1956, “Grande Sertão: Veredas” é uma obra revolucionária que mergulha nas profundezas da alma humana, utilizando a linguagem popular e oferecendo uma perspectiva única do sertão mineiro. João Guimarães Rosa desafia as convenções literárias ao explorar aspectos metafísicos do homem de forma universal.

A “Trilogia Grande Sertão: Veredas” teve início em 2020, com a estreia de “Riobaldo”. Teve carreira interrompida devido à pandemia, mas manteve uma conexão com o público por meio de apresentações virtuais pioneiras. Desde então, realizou temporadas em diversas cidades do Brasil, sempre recebendo elogios do público e da crítica especializada.

Em abril de 2023, estreou no Rio de Janeiro a segunda parte da trilogia, “O Diabo na Rua, no Meio do Redemunho”, recebendo excelente recepção do público e crítica.

Em 2024, o projeto expandiu suas fronteiras com apresentações, das duas peças, em Portugal – Lisboa e Porto, e Colômbia – Bogotá.  

A terceira peça da trilogia, “O Julgamento de Zé Bebelo”, tem estreia prevista para o ano de 2025.

Trecho da crítica de Furio Lonza

“…Riobaldo é teatro na veia, um Guimarães pocket, algo de novo na dramaturgia nacional; sem adereços, sem cenografia e sem figurinos, mas com uma luz abrasiva pilotada pelo experiente Aurélio de Simoni. Em cena, Gilson de Barros administra o tempo e o espaço como se fosse um demiurgo regendo o sol do sertão, uma espécie de deus onisciente que acompanha com ternura passo a passo as andanças de suas criaturas lá embaixo, nas veredas de um mundo lancinante e despreparado para conceber uma lógica formal do cotidiano…”.

Guimarães Rosa pelo olhar de Amir Haddad e Gilson de Barros

Amir Haddad – @amirhaddadreal

Li as duas primeiras páginas do ‘Grande Sertão’ várias vezes até perceber que aquela ‘língua’ tinha tudo a ver comigo. O resto da narrativa devorei em segundos, segundo minhas sensações. Aprendi a ler, aprendi a língua, lendo este romance portentoso no original. Entendi! Não era uma tradução, era um livro brasileiro, escrito na ‘língua’ brasileira.

Até hoje me orgulho de ser conterrâneo e contemporâneo de Guimarães Rosa. E tenho certeza de que qualquer leitor estrangeiro que ler o livro traduzido jamais lerá o que eu li. Assim como jamais saberei o que lê um inglês quando lê Shakespeare. Os realmente grandes são intraduzíveis.

Gilson de Barros – @gilsondebarrosator

Há alguns anos venho estudando a obra de Guimarães Rosa, com ênfase no livro Grande Sertão: Veredas. Interpretar Riobaldo tem sido meu trabalho e minha dedicação. A cada releitura do livro, cada temporada da peça, a cada curso que participo, vou aumentando a compreensão da obra.

O objetivo é traduzir a prosa Roseana para a linguagem do teatro. Pretensioso, eu sei. Mas, não imagino outra forma de enfrentar essa obra-prima, repleta de brasilidade. Por fim, registro a honra de estar no palco com o suporte de João Guimarães Rosa, Amir Haddad, Aurélio de Simoni e todos os colegas envolvidos nessa montagem. Evoé!

Sinopse

Riobaldo

Personagem central do romance Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, o ex-jagunço Riobaldo relembra seus três grandes amores: Diadorim, Nhorinhá e Otacília. O incompreendido amor por Diadorim, o amigo que lhe apresentou a vida de jagunço e lhe abriu as portas do conhecimento da natureza e do humano, levando-o ao pacto fáustico; o amor carnal e sem julgamentos pela prostituta Nhorinhá; e o amor purificador por Otacília, a esposa, que o resgatou do pacto fáustico e o converteu em ‘homem de bem’.

O Diabo na Rua, no meio do Redemunho

Riobaldo, um ex-jagunço, hoje um velho fazendeiro, conversa com um interlocutor (o público). Nesse encontro, cheio de filosofia, ele conta passagens de sua vida e reflete sobre a dialética: bem e mal, Deus/diabo.  Na juventude, por amor a Diadorim, e para conseguir coragem e força, fez o que julga ser um pacto fáustico. Durante a narrativa, o personagem se vale de várias histórias populares, para questionar: “o diabo existe?”.

Grande Sertão: Veredas

  • Teatro Municipal de Niterói
  • Rua Quinze de Novembro, 35 – Centro, Niterói
  • Informações(21) 3628-6908
  • Capacidade: 400 lugares
  • Duração: 65 minutos
  • Classificação Etária: 16 anos
  • . Dia 23 e 24 de agosto – sexta, 20h e sábado – 19h
  • “Riobaldo” (recorte dos amores, na obra).
  • Ingressos: R$ 25,00 (meia) e R$ 50,00 (inteira)
  • Venda pela Sympla ou na bilheteria do teatro
  • . Dia 25 de agosto – domingo – 19h
  • “O Diabo na Rua, No meio do Redemunho” (recorte da dialética bem/mal, Deus/diabo, no livro).
  • Ingressos: R$ 25,00 (meia) e R$ 50,00 (inteira)
  • Venda pela Sympla ou na bilheteria do teatro