
A partir desta quinta-feira, a exposição pop-up Crua ocupa a Abapirá e lança uma série que revela, sem filtros, o pensamento de cinco artistas visuais fluminenses. O público terá conversa com os criadores e episódios semanais no Instagram e YouTube. É acesso ampliado à arte contemporânea do Rio.
O que é a série e exposição Crua na Abapirá
Dirigida e idealizada por Ana Pimenta (carioca criada em Niterói) e pelo niteroiense João Marcos Latgé, Crua apresenta, de forma inédita, o pensamento de cinco artistas: Ronald Duarte, Carla Santana, o niteroiense Marcelo Conceição, arorá e Eleonora Fabião.
“Crua pretende ser uma janela para o mundo de cada artista”, afirmam os diretores.
O projeto é apresentado pelo Governo Federal, Ministério da Cultura, Governo do Estado do Rio de Janeiro e Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do RJ, por meio da Política Nacional Aldir Blanc.

Montagem instalativa
A exposição será montada de forma instalativa, com cinco telas e uma projeção, estimulando a criatividade dos artistas e aproximando o público de seus processos e obras.
Datas, conversa com o público e lançamentos online
- Conversa com artistas e diretores: 30 de agosto, às 15h.
- Lançamentos semanais no Instagram e YouTube, a partir de 9 de setembro, nesta ordem:
- 9/9: Ronald Duarte
- 16/9: Carla Santana
- 23/9: Marcelo Conceição
- 30/9: arorá
- 7/10: Eleonora Fabião
Formato: liberdade diante da câmera
Em cada episódio, um artista se coloca diante da câmera. Regras do formato:
- Câmera fixa
- Enquadramento frontal e centralizado
- Luz natural
- Som direto
- Edição sem cortes
- Duração de 2 minutos
- Os artistas têm liberdade total, sem roteiros. Os cenários são sugeridos por eles, no ambiente de trabalho ou em qualquer espaço significativo

O que dizem os diretores:
“Crua provoca os artistas participantes a inventarem o enunciado e a responderem como quiserem: por meio da linguagem, do gesto, da performance ou simplesmente estando diante da câmera. Esperamos o inesperado”, afirmam Ana Pimenta e João Marcos Latgé.
Referências e linguagem:
Projeto original enraizado no cinema documental brasileiro, com referências a Eduardo Coutinho “Jogo de cena” (2007), “As canções” (2011) e “Últimas conversas” (2015).
Dialoga com as videocabines de Sandra Kogut (anos 1990), que convidavam transeuntes a gravar depoimentos de 30 segundos, e com os screen tests de Andy Warhol (anos 1960), sempre em close-up frontal e duração aproximada de 3 minutos.