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Niterói em festa: Viradouro é a campeã do carnaval 2024 do Rio

Foto: Marcelo Piu
Foto: Marcelo Piu

A Unidos do Viradouro é a grande campeã do carnaval 2024 no Rio de Janeiro. Em segundo ficou a Imperatriz Leopoldinense e terceiro a Grande Rio. A Vermelha e Branca de Niterói chegou ao terceiro título da história com o enredo “Arroboboi, Dangbé”. As fantasias e alegorias mostraram todo o talento de Tarcísio Zanon, o carnavalesco responsável pelo enredo, que abordou a energia do culto ao vodun serpente. A vermelha e branca de Niterói correspondeu às expectativas do público e dos jurados. Do início ao fim, foi um desfile impecável, digno de campeã. A escola de Niterói foi campeã do Grupo Especial três vezes, em 1997, 2020 e agora em 2024. (Vídeos e fotos abaixo)

    Festa na quadra da Unidos do Viradouro

    Unidos do Viradouro – Rio Carnaval 2024 – Foto: Alexandre Vidal

    Festa na quadra da Unidos do Viradouro

    Festa na quadra da Unidos do Viradouro
Festa na quadra da Unidos do Viradouro

    Festa na quadra da Unidos do Viradouro

“Tive o privilégio de assistir ao lindo e emocionante desfile que resultou na vitória, mais que merecida, da Unidos do Viradouro. Com o enredo “Arroboboi, Dangbé”, sobre a energia do culto ao vodum serpente conquistamos o título! A Viradouro se supera a cada ano e isso emociona! A indústria cultural do carnaval merece nosso reconhecimento e respeito. É um trabalho feito com esmero para produzir e apresentar o melhor desfile sempre. A Viradouro é só orgulho quando ela entra na Avenida, e não tem um niteroiense que não se emocione. E esse ano não foi diferente. Parabéns a toda a comunidade da nossa Unidos do Viradouro!”, comemora o prefeito de Niterói, Axel Grael.

    Festa na quadra da Unidos do Viradouro

“A Viradouro é minha escola do coração e foi uma honra participar desse desfile deslumbrante, com muito samba e organização. O título foi muito merecido! Cada componente desfilou com garra, mostrando a alegria e a força de ser niteroiense. O Carnaval é cultura, tradição, desenvolvimento econômico e turismo. Muito orgulho da nossa escola e desse título!”, destaca o ex-prefeito de Niterói e atual secretário Executivo, Rodrigo Neves.

    Unidos do Viradouro – Rio Carnaval 2024 – Foto: Alexandre Vidal

    Unidos do Viradouro – Rio Carnaval 2024 – Foto: Alexandre Vidal

    Unidos do Viradouro – Rio Carnaval 2024 – Foto: Alexandre Vidal

“É uma satisfação enorme pra todos os cidadãos de Niterói e, especialmente, pra nós que somos entusiastas do carnaval por entender que, muito além de uma manifestação cultural, a indústria do carnaval promove o desenvolvimento social gerando emprego e renda para milhares de pessoas ao longo de todo o ano, sobretudo, nos dias de folia com o incremento da atividade turística e o fortalecimento da economia do setor. A Viradouro é um patrimônio artístico e cultural da nossa cidade e ajuda a levar o nome de Niterói pro mundo. Esse desfile lindo e emocionante, coroando todo esse trabalho não poderia ter um final diferente e tão merecido. Viva a Viradouro! Viva nossa escola!”, destaca o presidente da Neltur, André Bento.

    Unidos do Viradouro – Rio Carnaval 2024 – Foto: Alexandre Vidal

    Divulgação Viradouro/Foto: @rsantosarantes

    Foto: Marcos de Paula

    Comissão de frente | Divulgação Viradouro/Foto: @rsantosarantes

    Rainha de bateria da escola, Erika Januza chegou para o desfile com uma “armadura” metálica cravejada de pedrarias e com um adereço rosa na cabeça | Divulgação Viradouro/Foto: @rsantosarantes

    Reprodução

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    Divulgação Viradouro/Foto: @rsantosarantes

Todos os nove quesitos foram defendidos com brilhantismo por toda a escola, desde a comissão de frente, que mais uma vez se destacou, até a comunidade que entrou na avenida com uma garra impressionante. Cada desfilante merece todos os elogios pelo seu empenho e dedicação.

O apuro estético também foi um ponto alto do desfile da Viradouro. As fantasias e alegorias mostraram todo o talento de Tarcísio Zanon, o carnavalesco responsável pelo enredo “Arroboboi, Dangbé”, que abordou a energia do culto ao vodun serpente.

A harmonia visual foi evidente em toda a apresentação, e a bateria do mestre Ciça levantou o público com sua energia contagiante. Além disso, o retorno do intérprete Wander Pires para a agremiação foi triunfal, emocionando a todos com sua voz poderosa.

O nascer do sol contribuiu para criar uma atmosfera ainda mais favorável ao desfile da Viradouro. A energia estava palpável, e a escola soube aproveitar cada momento para brilhar na avenida. Com uma apresentação de 67 minutos, a Unidos do Viradouro mostrou ao mundo sua força e determinação, conquistando a todos com sua performance impecável.

A comissão de frente, coreografada pelos renomados Priscilla Mota e Rodrigo Negri, recebeu o nome de “Alafiá”. Com um total de 24 integrantes, eles criaram um espetáculo visual, artístico e dançante, repleto de efeitos surpreendentes. A comissão começou com uma poderosa sacerdotisa no centro, rodeada por guerreiras Agojies empunhando lâminas, demonstrando força e sincronia impressionantes. Em seguida, uma imensa serpente emergiu de um tripé, representando um ninho, deslizando pelo chão da avenida e deixando o público boquiaberto. Os integrantes então subiram na alegoria e deram continuidade à apresentação, trocando de figurino para representar o ritual de preparação das guerreiras. Nesse momento, uma mulher serpente assumiu o papel principal, e a coreografia, aliada às fantasias, criou outro efeito esplêndido. Para encerrar, surgiu uma serpente mordendo o próprio rabo, símbolo do infinito. A luz cênica da Sapucaí foi utilizada durante toda a apresentação, culminando em um magnífico arco-íris no final.

Encarnando o eterno espírito da serpente, o casal pioneiro de mestre-sala e porta-bandeira, Julinho e Rute, deslizou pela avenida com uma elegância cativante. A dupla experiente encenou uma série de momentos memoráveis, deixando uma marca indelével no desfile. A porta-bandeira deslumbrou o público com uma sequência de piruetas de tirar o fôlego, enquanto Julinho, em sua dança, formou um círculo perfeito. Embora esses movimentos possam parecer simples, eles carregam um significado profundo. Como a sinopse da Viradouro nos revela: “É Dangbé, o vodum da proteção, do equilíbrio e do movimento. Nele, nada começa nem termina, tudo avança, tudo retorna. É o constante redemoinho do universo, o círculo completo, personificado pela imagem da serpente que engole a própria cauda”.

A escola de Niterói deu início ao seu desfile ainda de madrugada, com alegorias que brilhavam misteriosamente no escuro. A segunda metade do espetáculo foi realizada já ao amanhecer com o sol despontando no horizonte. A Viradouro encerrou com chave de ouro as apresentações do Grupo Especial do Rio de Janeiro às 5h58.