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UFF inaugura consultório de saúde na Antártica

Crédito da fotografia: Módulo Meteoro, localizado na Estação Brasileira na Antártica / Acervo do Projeto Telessaúde
Crédito da fotografia: Módulo Meteoro, localizado na Estação Brasileira na Antártica / Acervo do Projeto Telessaúde

A Universidade Federal Fluminense (UFF) inaugura o Consultório Virtual de Saúde, montado no módulo Meteoro, localizado na Estação Brasileira da Antártica. Essa iniciativa trata-se da cooperação entre dois projetos coordenados pela UFF: o SaúdeAntar, apoiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o projeto do Núcleo de Telessaúde do Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP), patrocinado pelo Departamento de Saúde Digital do Ministério da Saúde (DESD- MS).

O Telessaúde é liderado pelos docentes André Brandão (coordenador administrativo) e Beni Olej (coordenador técnico) e utiliza-se das instalações do Centro Holográfico, uma tecnologia inovadora desenvolvida a partir da parceria entre pesquisadores da Escola de Engenharia e da Faculdade de Medicina da UFF. De acordo com Beni, o Centro Holográfico foi montado no HUAP para fazer a transmissão de dados recebidos remotamente. “Quando essa tecnologia é utilizada, a imagem holográfica de quem está no Consultório Virtual de Saúde aparece na frente da pessoa que está recebendo os dados no Centro Holográfico”.

O Consultório Virtual de Saúde, que faz parte do SaúdeAntar, gerenciado pelo professor Jairo Werner, é onde o sinal vai ser gerado, captado e transformado em imagem e som. “É como um consultório comum, mas com alguns detalhes diferentes. Para que a transmissão holográfica possa ser feita, o fundo do consultório deve ser escuro e precisa ter também uma câmera de transmissão de alta definição. É relativamente barato montar um Consultório Virtual, é questão de aproveitamento da luz”, explica Olej.

Nesse sentido, o professor afirma que a potencialidade de uso da holografia na telemedicina é importante para essas pessoas que ficam isoladas por muito tempo. “Em uma estação de pesquisa longínqua como a da Antártica, o médico que está no local muitas vezes precisa do suporte de especialistas diversos, algo que não é possível presencialmente. Então, através da telemedicina, esse médico poderá contar com o apoio de profissionais do HUAP, podendo até fazer consultas conjuntas utilizando a tecnologia holográfica. Esse é um grande avanço desenvolvido por pesquisadores da UFF!”, conclui.