Opinião

Violência e insegurança são ameaças ao turismo no estado e no país

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PMERJ/Divulgação

Não é de hoje que a violência urbana e a percepção da insegurança interferem na vida dos brasileiros, dos fluminenses, dos cariocas e até mesmo na economia das diversas capitais, estados e cidades em todo o Brasil, particularmente do Rio de Janeiro, e muito especialmente de sua capital, a joia da Coroa do Turismo Nacional, a cidade maravilhosa.

Para o professor Eduardo Vilela, da Faculdade de Turismo e Hotelaria da UFF, que no momento trabalha na conclusão de sua tese de doutoramento relacionada ao impacto da violência urbana no Turismo do Rio de Janeiro, o lamentável ocorrido na madrugada desta quinta-feira na Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade do RJ, referente ao assassinato de três médicos de São Paulo em um Trailer em frente ao Hotel Windsor, onde encontravam-se hospedados, para participar de um Congresso Internacional de Ortopedia, embora em circunstancias ainda não esclarecidas, mostra que a violência no Brasil, e no RJ se tornou endêmica, e que as nossas cidades se caracterizam por um estado patológico de existir.

Embora constate a queda do número de homicídios por 100 mil habitantes no Estado do Rio nos últimos anos, os índices de criminalidade são muito altos, entre eles os assaltos, roubos, furtos, feminicídios crimes cibernéticos e outros, fato que na sua opinião consolida o fenômeno do esteriótipo da violência como integrado a imagem e a marca RJ.

Embora estude o impacto referente a violência no Turismo do RJ, Vilela entende ser a população residente sempre a mais penalizada, pois uma significativa parcela da sua população vive em áreas deflagradas por conflitos, territórios dominados ora por traficantes, ora por milicianos em muitas ocasiões em guerra com a policia. Ainda segundo o Prof. Vilela, o RJ vive uma crise que tem a violência como um dos pilares, entendida como de longo prazo, sem data para terminar.