Infecções respiratórias, como sinusite, faringite e gripe; gastroenterite viral e bacteriana; doenças ortopédicas – dores articulares e contusões e queixas do aparelho urinário são as causas mais comuns que levam cariocas e fluminenses a buscarem os serviços de emergência no Rio de Janeiro. O levantamento foi realizado pelo Complexo Hospitalar de Niterói (CHN), Hospital São Lucas Copacabana, na zona sul e Hospital Nossa Senhora do Carmo, em Campo Grande, zona oeste, todos pertencentes à Dasa, a maior rede de saúde integrada do Brasil.
De janeiro a junho de 2023, os três hospitais da Dasa no Rio de Janeiro cuidaram de mais de 140 mil vidas em seus prontos-socorros, sendo a maioria dos pacientes na faixa de 18 a 60 anos. As doenças de baixa complexidade correspondem, em média, a 35% dos atendimentos nos serviços de emergência das três instituições como por exemplo, as doenças respiratórias, que necessitam de tratamento médico, contudo, em muitos casos, poderiam ser assistidas de forma ambulatorial segundo a dra. Daniela Malta, coordenadora do Serviço de Emergência do Hospital São Lucas Copacabana.
A médica explica as diferenças entre emergência e urgência no âmbito da saúde. Ela conta que “emergência” é utilizado nos casos mais graves, quando a pessoa está em risco imediato de perder a vida, e, por isso, o tratamento médico deve ser iniciado o mais rápido possível. Já a “urgência” é uma situação que pode ser grave, mas que não coloca a vida em risco imediato. Nesses casos, existe mais tempo para fazer exames, identificar a causa e definir a melhor forma de tratamento, que deve ser direcionada para resolver o problema, e não apenas estabilizar os sinais vitais.
“As pessoas com dor ou outro tipo de sofrimento que procuram o pronto-socorro precisam ser acolhidas e avaliadas para se estagnar o risco, otimizando o tempo desde o início dos sintomas até o tratamento médico, principalmente em situações como hemorragias graves, traumas, acidente vascular cerebral (AVC) e infarto”, comenta dra Daniela Malta.
A dra. Márcia Ferreira, coordenadora do Serviço de Emergência do CHN, conta que de 8% a 10% dos pacientes que procuram a emergência são internados, sendo a clínica médica a especialidade responsável por cerca de 40% das hospitalizações, com doenças como infecções urinárias e respiratórias, seguidas pelas doenças cardiovasculares e neurológicas. A pediatria é a segunda especialidade que mais gera internação no CHN, principalmente por infecções das vias respiratórias. Em sequência vem ortopedia; ginecologia e obstetrícia, e cirurgia geral.
“Nesse sentido, contar com uma rede integrada de saúde, que navega as pessoas do diagnóstico ao tratamento de maneira rápida, segura e assertiva, faz toda a diferença na jornada do paciente”, enfatiza dra. Márcia. Segundo ela, a prevenção permanece como a melhor forma de cuidar da saúde. “A alimentação saudável, a prática regular de exercícios físicos, os cuidados com a higiene do ambiente, a vacinação, assim como o consumo de líquidos, check-ups frequentes e o olhar integral com o acompanhamento ambulatorial nos centros especializados são medidas que podem melhorar a qualidade de vida e, dessa forma, evitar urgências de saúde”, enfatiza a especialista.