O Google foi alvo de críticas por manter em sua loja de aplicativos um jogo intitulado ‘Simulador de Escravidão’, que foi finalmente retirado do ar nesta quarta-feira (24). O jogo permitia que os usuários simulassem a posse de escravos negros, com possibilidade de castigos durante o jogo. O aplicativo apresentava duas opções de jogo: uma tirana, cujo objetivo era obter lucro e impedir fugas e rebeliões, e outra libertadora, que incentivava o combate à escravidão e a luta pela abolição. A polêmica em torno do jogo levantou questões sobre a responsabilidade das empresas de tecnologia em relação ao conteúdo que disponibilizam em suas plataformas.
O Ministério Público Federal no Rio Grande do Sul (MPF-RS) instaurou nesta quarta-feira (24) procedimento para apurar o aplicativo simulador de escravidão disponibilizado na Play Store, loja virtual da empresa Google. O jogo eletrônico ficou disponível na plataforma até o início da tarde de ontem.
“Pessoal, venho aqui contar algo muito sério. Existe um “jogo” terrível na Play Store chamado SIMULADOR DE ESCRAVIDÃO, onde pessoas negras são tratadas como objetos, sendo compradas, vendidas e maltratadas. Isso é um crime terrível! A @unegrobrasil já tomou providências e denunciou o caso ao deputado Orlando Silva, que vai agir para buscar justiça. Ele vai fazer uma denúncia ao Ministério Público, porque isso é racismo e precisa ser punido. Vamos lutar para que os responsáveis respondam legalmente! É muito triste ver algo assim acontecendo nas plataformas digitais. Por isso, é muito importante que a gente apoie o PL 2630, um projeto de lei que quer regulamentar as redes sociais e os aplicativos. Assim, a gente evita que coisas horríveis como o SIMULADOR DE ESCRAVIDÃO se espalhem. Vamos unir forças e exigir uma internet mais segura, sem ódio, violência e discriminação. Juntos, podemos fazer a diferença!” disse o vereador de Niterói, Leonardo Giordano.