Projeto 'Afrogames' recebe visitantes neste sábado no Morro do Estado, em Niterói

Atletas que competem pelo projeto ganham bolsa no valor de R$ 1.320.

O projeto de inclusão social “Afrogames” abrirá as portas de uma de suas quatro unidades neste sábado (15). Visitantes vão poder conhecer o trabalho que tem sido realizado há seis meses no centro de formação de atletas de e-Sports do Morro do Estado, em Niterói. Utilizando a educação e a tecnologia como estratégias para a transformação social e geração de renda, o “Afrogames” criou o primeiro centro de esportes digitais e cultura gamer dentro de uma comunidade no mundo, na favela do Vigário Geral, em 2019. Desde estão, o projeto, que é fruto de uma parceria entre o Grupo Cultural AfroReggae e a Chantilly Produções, já lançou outras três unidades em comunidades do Rio de Janeiro. O projeto conta com o patrocínio da Enel Distribuição Rio.

Inaugurado em outubro de 2022, o núcleo do Morro do Estado tem capacidade para atender mais de 130 jovens moradores. No local, são oferecidos os cursos de Programação de Jogos, Valorant, League Of Legends e Free Fire, além de aulas de inglês. O “Afrogames” também conta com um time de 20 atletas, que competem profissionalmente em nome do projeto. Estes estudantes recebem uma bolsa no valor de R$ 1.320, além de atendimento psicológico e preparador físico. O objetivo da iniciativa é expandir as oportunidades de vida dos participantes a longo prazo, inserindo-os em um mercado promissor que já movimenta mais de US$ 150 bilhões por ano globalmente.

Kevin da Silva Souza, de 16 anos, foi selecionado para integrar a equipe de atletas de Fortnite do projeto, e está empolgado com as perspectivas que esse novo passo vai trazer para si. “Vai me ajudar muito profissionalmente e financeiramente. Com a bolsa, vou poder dobrar o orçamento financeiro da minha família, que atualmente é de mais ou menos um salário-mínimo. Também estou muito animado para ter aulas de inglês, porque tenho grandes sonhos de viajar para muitos países e fazer uma faculdade no futuro”, compartilha.

Apesar de jogar desde que era criança, ele pontua que só recentemente, com projetos como o Afrogames, sua família começou a entender que o hobby poderia gerar frutos financeiros. “Minha mãe sempre achou que jogo não dava dinheiro. Por isso é tão bacana ter essa oportunidade de me profissionalizar. É um mercado enorme, que está dando muito dinheiro”, conta.