O número de motoristas dirigindo sob o efeito do álcool ou que se recusaram a fazer o teste do bafômetro aumentou este ano e bateu a série histórica da Operação Lei Seca. Foram 33.350 condutores flagrados nas blitzes realizadas no Rio de Janeiro até o último domingo (25 de dezembro). A maior marca anterior foi registrada em 2012, quando 33.262 motoristas foram multados e tiveram a carteira de habilitação apreendida.
Os dados da Lei Seca mostram que o aumento nas infrações é, em parte, reflexo da ampliação na quantidade de equipes atuando na operação, que dobraram de 15 para 30 as equipes de vistorias e totalizaram 337 mil ações de fiscalização, em 2022. Sem contar com o reforço dos agentes em motocicletas, que patrulham as vias secundárias para surpreenderam quem tenta furar a operação.
Mais rigor na fiscalização e mudança de hábito do motorista
Mas o aumento na taxa de alcoolemia também é motivado pelo hábito de consumo em maior escala de bebida alcoólica adquirido durante a pandemia. Se até 2019 a média de condutores flagrados nas operações foi de 4,57% do total vistoriados, em 2021 chegou a 12,9% e, este ano, o índice está em 10,99%. “Trabalhamos para reduzir os índices e ter uma taxa dentro do tolerável, que é abaixo do 4%. O sonho é chegar no dia em que todos os motoristas parados vão testar negativo. Mas, para isso, precisamos da colaboração de todos os condutores, da conscientização de nunca dirigir depois de beber”, informa o secretário de Estado de Governo, Rodrigo Bacellar.
Além das ações de fiscalização, a Lei Seca tem massificado o trabalho das equipes de Educação, realizado por agentes cadeirantes e vítimas dos acidentes de trânsito, em palestras nas escolas, empresas, pontos turísticos e bares e restaurantes. Durante a Copa, as equipes estiveram em pontos de confraternização nos jogos da Seleção Brasileira.
No Natal, 568 motoristas flagrados
Os agentes da Lei Seca, no final de semana do Natal, abordaram 3.654 motoristas nas ações em todo o Estado do Rio de Janeiro, sendo 568 flagrados dirigindo sob o efeito do álcool ou que se recusaram a fazer o teste do bafômetro. Uma taxa de 15,5%.
Os locais com os maiores índices foram: Ilha de Guaratiba e Recreio dos Bandeirantes (32,9%), Nilópolis e Niterói (27,5), Campo Grande (27,3%), Nova Iguaçu (23%), Jacarepaguá (22,8%) e Petrópolis (22,1%).
Esquema reforçado para o Réveillon
Para o Réveillon, a Lei Seca vai intensificar as ações de educação e fiscalização nos pontos de grande concentração de pessoas, como praias e centros gastronômicos, bem como nas estradas com maior número de deslocamento de veículos. Só a fiscalização irá usar um efetivo com 150 homens, inclusive com a vistoria volante das motopatrulhas. E com o horário estendido até o início da manhã.