Com o objetivo de reduzir custos e otimizar o serviço prestado à população de Niterói, dando mais velocidade na solução das demandas da Cidade, a Niterói Transporte e Trânsito (NitTrans) criou um laboratório próprio de testes, reparo de semáforos, placas de led, e recuperação de componentes.
De acordo com Gilson de Souza, presidente da empresa, sua gestão tem investido em tecnologia. “Nossa gestão está focada na redução de custos, na valorização do profissional, sempre buscando avançar no que há de melhor em tecnologia para a cidade. Hoje temos um quadro técnico qualificado, o que nos permite criar alternativas, que facilitam e otimizam a operação da empresa no dia a dia. A criação desse laboratório é mais uma entrega do nosso planejamento, estou muito feliz com o resultado”, diz Gilson.
Imagine montar do zero um laboratório de eletrotécnica e trabalhar no conserto de aparelhos e peças com as quais nunca havia mexido antes. Este foi o desafio aceito pelo técnico de eletroeletrônicos Douglas Mesquita, que embarcou na missão de criar e comandar o laboratório de eletrotécnica voltado para o reparo de semáforos que foi instalado em março no Centro de Controle Operacional (CCO Mobilidade) da Prefeitura de Niterói, coordenado pela NitTrans.
Em cinco meses de trabalho, o profissional já conseguiu recuperar 83 peças que estavam paradas, colocando-as disponíveis para substituição. Foram semáforos, painéis de LED e placas de potência. Gerando economia financeira para a empresa e, por conseguinte, ao cidadão de Niterói. O valor exato não pode ser aferido pela NitTrans uma vez que foram executados diversos tipos de trabalho em peças diferentes.
“O pleno funcionamento dos semáforos está diretamente ligado à segurança no trânsito”, lembra o coordenador do CCO Mobilidade, Marcelo Saramago. Foi ele quem percebeu a necessidade de criar um laboratório para acelerar a manutenção dos semáforos. A ideia era acabar com o gargalo que existia na resolução dos problemas da equipe semafórica devido à demora para conseguir a reposição de alguma peça que acabava quebrando e impedia que o semáforo voltasse a funcionar rapidamente.
“Quando assumi a coordenação do CCO, percebi que precisávamos de um eletrotécnico de bancada para fazer o reparo em todo o material que compõe um semáforo. Antes do laboratório, esse trabalho era feito de uma maneira bem improvisada por um dos eletrotécnicos que trabalhava na equipe semafórica atuando nas ruas, porém utilizando esse modelo de reparo nós demorávamos muito para ter uma resposta” explica Marcelo.
Profissional com 20 anos de experiência em conserto de eletroeletrônicos, Douglas explica que a demanda da Nittrans requer uma técnica muito específica. “Quando cheguei aqui, em março, precisei aplicar todo o meu conhecimento a esses equipamentos com os quais eu nunca tinha tido contato. Fiz uma engenharia reversa para entendê-los. Primeiro, comecei a entender como cada placa funcionava separadamente para depois entender como ela funcionaria em conjunto com as outras placas e componentes que formam uma controladora de um semáforo, só para citar um exemplo”, conta Douglas.
Começar a reparar as placas que compõem uma controladora envolveu muitas horas de pesquisa por parte do técnico, já que ainda não existe um curso específico de eletrotécnica de semáforos. Douglas desenvolveu sua própria metodologia de trabalho. Além das pesquisas internas, ele foi a campo algumas vezes acompanhar o trabalho da equipe semafórica para entender, na prática, como funciona cada tipo de controladora em atividade na cidade.
Por fim, o coordenador do CCO Mobilidade, Marcelo Saramago, ressalta ainda que a placa que sai do laboratório tem garantia de funcionamento e leva mais segurança ao contribuinte. “A placa que hoje sai daqui não foi somente reparada, ela foi reparada e testada em bancada. Então nós temos a certeza de que ela irá funcionar na rua. Dessa forma, a prestação do serviço se tornou muito mais eficiente”, diz ele.