A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes Regional Niterói e Região dos Lagos (Abrasel – Niterói) firmou uma parceria com a Cooperativa dos Trabalhadores de Niterói e São Gonçalo (COOTRANITS) para recolhimento de óleos de cozinha usados em restaurante para tratamento e reciclagem, chamado de ‘Projeto Praticando o Meio Ambiente’. Hoje em dia esse processo acontece de forma aleatória e muitos empresários doam esses materiais desconhecendo o descarte.
Dados apontam que um litro de óleo de cozinha, contamina cerca de 1 (um) milhão de litros de água e é o equivalente ao consumo de uma pessoa ao período de 14 anos. Isso acontece por o óleo ser mais leve que a água, e fica na superfície criando uma barreira que dificulta a entrada de luz e a oxigenação da água, comprometendo assim, a base da cadeia alimentar aquática. Além de gerar graves problemas de higiene e mau cheiro, a presença de óleo e gordura na rede de esgoto, causa o entupimento da mesma, bem como o mau funcionamento das estações de tratamento. Para retirar o óleo e desentupir são empregados produtos químicos altamente tóxicos, o que acaba criando uma cadeia nociva.
O trabalho ajuda na preservação do meio ambiente com o reaproveitamento do óleo vegetal de cozinha usado. O produto da coleta é destinado para a fabricação de várias coisas, entre elas o óleo diesel, sabão, ração animal e glicerina, por exemplo.
Ao todo oito cooperadores estão envolvidos diretamente na coleta do resíduo, atuando em bares, restaurantes, condomínios, hotéis, associações de moradores entre outros locais. A associação faz parte do Fórum de Economia Solidária do Município de Niterói e tem 14 cooperativas de catadores dentro do grupo de trabalho da reciclagem.
A COOTRANITS possui todas as certificações exigidas, com a coleta destinada à Unióleo, onde possui um armazenamento. A perspectiva é construção de um espaço em Itaipu, na Região Oceânica, para guardar para a Unióleo.
Outra novidade é que a cooperativa quer voltar a oferecer cursos profissionalizantes no CIEP – Rui Frazão, no Engenho do Mato. Esses cursos, que eram oferecidos através de recursos da venda do óleo usado, foram interrompidos com o início da pandemia do coronavírus.