Cultura

MAC Niterói entre os melhores museus dos últimos 100 anos

Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC Niterói)
Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC Niterói)

A revista ArtNews, de Nova York, divulgou uma lista com os melhores museus dos últimos cem anos e duas instituições brasileiras foram mencionadas: Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC Niterói) e MASP. Além da qualidade artística interna, a revista considerou a arquitetura exterior dos museus, onde o próprio edifício funciona como uma obra de arte. Estas instituições são tão ‘identificáveis’ que se tornaram tão famosas quanto as obras de arte que guardam.

A seleção “inclui experimentos modernistas influentes e expansões pós-modernas polarizadoras, esquisitices arquitetônicas e adições amadas, museus circulares e pirâmides envidraçadas”. São museus que propuseram novas e modernas maneiras de se fazer arte.

A lista engloba 25 museus, e dentre os brasileiros, o MASP ficou em décimo lugar e o MAC Niterói em segundo. Inaugurado em 1968, o MASP é um museu de vidro em balanço projetado pela arquiteta brasileira nascida na Itália Lina Bo Bardi, um ícone de ousadas construções modernistas. O edifício possui dois andares expositivos suspensos e proporciona um espaço público aberto em seu vão, sendo um local político frequentemente utilizado como abrigo.

Concluído em 1996, o MAC Niterói é uma das várias obras-primas do magistral arquiteto Oscar Niemeyer. Sua estrutura possui forma de disco voador e paira sobre um espelho d’água na beira de um penhasco na baía, de onde oferece uma vista panorâmica do Rio de Janeiro.

O primeiro lugar ficou com o Centro Pompidou, o ‘museu do avesso’, na França. Pouca gente diria que o edifício é agradável aos olhos, mas sua arquitetura brutalista pós-moderna está recheada de riqueza conceitual.

Confira a lista dos dez melhores museus dos últimos 100 anos:

01. Centro Pompidou (França)
02. Museu de Arte Contemporânea de Niterói (Brasil)
03. Museu Nacional de História e Cultura Afro-Americana (EUA)
04. Museu Guggenheim (EUA)
05. Ala Sainsbury, Galeria Nacional (Inglaterra)
06. Museum für Moderne Kunst (Alemanha)
07. Museu de Arte Chichu (Japão)
08. Neue Nationalgalerie (Alemanha)
09. Tanque Xangai (China)
10. Museu de Arte de São Paulo (Brasil)

*Com informações do portal CRIO.ART e Cultura Niterói.

» Exposições no MAC Niterói

Exposição “De onde vemos” de Denise Berbert abre no MAC Niterói

Reflexão sobre o compartilhamento dos diferentes modos de ver o mundo. O Museu de Arte Contemporânea de Niterói abriu, no dia 2 de julho, a exposição “De onde vemos”, da artista Denise Berbert. A proposta, com curadoria de Angelina Accetta, reúne pinturas da artista, instalações inéditas e intervenções de artistas convidados com a proposta de refletir sobre o compartilhamento dos diferentes modos de ver o mundo.

Exposição “De onde vemos” de Denise Berbert.

As pinturas apresentadas refletem de maneira particular o olhar quase obsessivo da artista sobre as cores e as formas que enxerga na paisagem. A partir daí, foram criadas instalações artísticas inéditas, nas quais os elementos recorrentes das obras de Denise ganham corpo e interferem no espaço físico do Museu.



A exposição tem início na Praça do MAC, em sua rampa de acesso, com uma instalação de mandalas que percorre do guarda-corpo até os vidros internos da varanda. A vista da Baía de Guanabara, que atrai milhares de pessoas todos os meses, poderá ser observada da mesma forma que Denise as insere em suas pinturas, com a sobreposição de cores e formas características de suas obras. O público é convidado a ‘vestir’ os olhos da artista e a observar a paisagem com a sua perspectiva.

Exposição “De onde vemos” de Denise Berbert.

Nas paredes, quase 100 quadros se intercalam com instalações artísticas criadas especificamente para essa mostra. Em uma delas, o visitante poderá ‘entrar’ na obra da artista e ‘passear’ por suas mandalas tão recorrentes. Em outra intervenção, o artista convidado Rafael Turatti desenvolve, por meio de materiais como arame e LED, reproduções das figuras humanas presentes na obra ‘Faces’.

Na última galeria, é proposta uma modificação dos papéis. Se nas galerias anteriores, o público podia enxergar como Denise, agora a artista passa a ver o mundo pelos olhos de outra pessoa. Assim, a obra ‘2Berberts’ reúne mãe e filho, Denise e Bernardo, na criação de pinturas desenvolvidas a partir da contraposição de suas visões. As preocupações de Bernardo e seu modo de olhar para as tensões do mundo hoje são colocados frente a frente com a visão positiva da artista.



“De onde vemos” busca, sobretudo, encontrar similaridades entre os modos de ver o mundo, ressaltar as diferenças que identificam as pessoas enquanto indivíduos e proporcionar uma experiência imersiva de alteridade. A exposição foi viabilizada através da Chamada Pública 05/2021 da Secretaria Municipal das Culturas e da Prefeitura Municipal de Niterói. Conta, ainda, com os seguintes apoiadores: Itatiaia Resort e Eventos, Vassouras Eco Resort, Helisight, Imaginatto Design e Marketing, Clé Interiores e Zangirolami e Advogados Associados.

Serviço

Exposição “De Onde Vemos”, de Denise Berbert
Curadoria: Angelina Accetta
Horário: 17h
Período de visitação: 02 de Julho a 28 de Agosto
Horário de visitação: de terça a domingo, das 10h às 18h

Ingresso: R$ 12 (inteira) | R$ 6 (meia-entrada) – Têm direito à meia-entrada idosos a partir de 60 anos, jovens de baixa renda com idade entre 15 e 29 anos inscritos no CadÚnico, estudantes de escolas particulares, universitários e professores. É exigida a comprovação do direito ao benefício na bilheteria do museu.

Entrada gratuita para estudantes da rede pública (ensino médio), crianças de até 7 anos, portadores de necessidades especiais, moradores ou nascidos em Niterói (com apresentação do comprovante de residência) e visitantes de bicicleta. Na quarta-feira, a entrada é gratuita para todos.



Venda: pelo site da Sympla ou na bilheteria do Museu. A entrada ao Museu deve ser feita até as 17h30.

Local: Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC – Niterói)
Endereço: Mirante da Boa Viagem, s/nº – Boa Viagem, Niterói – RJ
Informações: (21) 2722-1543

Rafael Vicente abre a exposição inédita “Pontos de Fuga”, no MAC Niterói

Rafael Vicente abriu, no dia 2 de julho, a exposição “Pontos de Fuga”, no Museu de Arte Contemporânea de Niterói, celebrando 28 anos de carreira. A curadoria é assinada por Marcus Lontra.

São cerca de 70 obras, todas inéditas, entre pinturas – óleos sobre tela na sua maioria – e uma instalação, que vai ocupar o salão principal. Além disso, a mostra conta, ainda, com jogos de memória e quebra-cabeça para que o público possa interagir.

Exposição inédita “Pontos de Fuga”

O artista possui uma pesquisa muito influenciada pela paisagem urbana, com uso notável das perspectivas e de uma paleta de cores, que remetem ao ambiente de grandes metrópoles. Suas pinturas se iniciam em telas e se expandem pelas paredes, invadindo o espaço expositivo.



“Minha pesquisa em pintura sempre foi a paisagem, a exposição ‘Pontos de Fuga’ é um desdobramento desse meu olhar diante da paisagem. Muitas coisas me fascinam no campo plástico, mas sem dúvida, a perspectiva sempre foi algo que me atraiu. Mesmo sendo daltônico procuro explorar a cor nas minhas pinturas”, afirma Rafael Vicente.

Rafael Vicente tinha 18 anos quando abriu, no Centro Cultural Paschoal Carlos Magno, em Niterói, sua primeira exposição. Ele não imaginava que viria a ganhar importantes prêmios e que suas obras chegariam a lugares como França, Portugal, Holanda e Moçambique.

“Trata-se de um artista com domínio dos seus meios expressivos e ao mesmo tempo inquieto e criativo, construindo, pedra a pedra, quadro a quadro, a sua obra, a sua verdade, a sua história. E assim seguimos, as tardes caindo como viadutos e a gente insistindo em acreditar na arte como território de esperança e de resistência. Em tempos sombrios, a História nos ensina que a arte é a vestimenta sagrada dos bravos e corajosos”, explica Lontra.

Exposição inédita “Pontos de Fuga”

Nesses 28 anos de carreira, o artista, que já abriu individuais e coletivas, no Brasil e no exterior, sempre sonhou em mostrar seu trabalho na obra de Oscar Niemeyer. “Durante muito tempo eu tive um Atelier na Praia das Flechas e diariamente ficava olhando o Museu e admirando a obra magnífica de Oscar Niemeyer e hoje aqui estou dentro do Museu realizando um sonho”, explica o artista.

Seu interesse pelas artes visuais se manifestou cedo, mais exatamente na casa onde passou a infância, em Icaraí, Niterói. Sua mãe, a artista plástica Maria das Graças Vicente, foi quem primeiro lhe apontou para aquela forma de expressão. E não tardaria para o que era um interesse vir a ser sua vocação. Sua formação se deu em duas das mais importantes instituições dedicadas ao tema no Rio de Janeiro: A Escola de Belas Artes da UFRJ – onde veio a ser professor entre 2005 e 2007– e da Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV), onde foi aluno de Iole de Freitas (1945), entre outros grandes nomes das artes. Além da própria Iole, a paulista Suzi Coralli (1963) é uma importante referência na identidade artística de Rafael Vicente.



O artista também cumpriu residências em países como Paris (Pave D´Orsay pela ArtSan´sLab), Espanha (Casa Brasil de Madri, em 2002) e Moçambique, onde participou, em 2006, da Bienal Internacional realizada naquela capital, Maputo. E, em cada uma dessas mostras, sua produção teve a chancela dos mais importantes curadores do país. São nomes como o de Vanda Klabin, Fabiana de Moraes, Jorge Salomão e de Marcus Lontra. É de Lontra, aliás, uma das definições mais assertivas sobre o estilo de Rafael Vicente: “Trata-se de um artista com domínio dos seus meios expressivos e ao mesmo tempo inquieto e criativo, construindo, pedra a pedra, quadro a quadro, a sua obra, a sua verdade, a sua história”.

Ele atualmente é representado pelas Galerias Paulo Darzé em Salvador, Galeria Referência em Brasília e Almacén Thebaldi, no Rio de Janeiro.

Ficha técnica

Artista: Rafael Vicente
Curador: Marcus Lontra
Projeto Expográfico: Marcus Lontra e Gabriel Vicente
Montagem: Gabriel Vicente e Jorge Cupim
Iluminação: Antônio Mendel
Fotografia: Mario Grisolli

Serviço:

Exposição “Pontos de fuga”, de Rafael Vicente
Horário: 15h
Período expositivo: de 02 de julho a 28 de agosto
Visitação: de terça a domingo, das 10h às 18h

Local: MAC de Niterói – Salão Principal
Endereço: Mirante da Boa Viagem, s/nº, Boa Viagem, Niterói, RJ

Ingresso: R$ 12 (inteira) | R$ 6 (meia-entrada) – Têm direito à meia-entrada idosos a partir de 60 anos, jovens de baixa renda com idade entre 15 e 29 anos inscritos no CadÚnico, estudantes de escolas particulares, universitários e professores. É exigida a comprovação do direito ao benefício na bilheteria do museu.



Entrada gratuita para estudantes da rede pública (ensino médio), crianças de até 7 anos, portadores de necessidades especiais, moradores ou nascidos em Niterói (com apresentação do comprovante de residência) e visitantes de bicicleta. Na quarta-feira, a entrada é gratuita para todos.

Venda: pelo site da Sympla ou na bilheteria do Museu. A entrada ao Museu deve ser feita até as 17h30.

Informações: (21) 2722-1543 | facebook.com/macniteroi.oficial | @macniteroi