
Cuidar da higiene do cachorro vai muito além de manter o animal cheiroso: envolve saúde de pele, conforto no dia a dia e prevenção de doenças. Muitos tutores têm dúvidas sobre a frequência de banhos, se a coceira é normal, quais cuidados diários realmente importam e quando é hora de levar o cão ao veterinário, e este artigo reúne orientações essenciais para manter o cão limpo, saudável e com menos dor de cabeça no futuro.
Com que frequência o cachorro deve tomar banho
Uma dúvida comum sobre higiene do cachorro é a frequência do banho. Diferentemente dos humanos, os cães não precisam — e nem devem — tomar banho todos os dias, pois a pele tem uma camada natural de proteção que o excesso de banhos pode remover, causando ressecamento, irritação e até mais odor.
A recomendação varia conforme tipo de pelagem e clima. Cães de pelo curto costumam se dar bem com banhos a cada 15 dias no verão e a cada 30 dias no inverno, enquanto cães de pelo médio e longo, desde que escovados com disciplina, podem manter intervalos de 15 a 30 dias, sempre com avaliação individual do veterinário.

Como manter o cachorro cheiroso sem exagerar no banho
Manter o cachorro cheiroso não significa dar banho toda semana. Banhos em excesso podem estimular a produção exagerada de oleosidade, resultando no famoso “cheiro forte de cachorro”, enquanto uma rotina equilibrada de escovação e cuidados com a pele tende a deixar o odor mais discreto e saudável.
Entre um banho e outro, é possível usar recursos que ajudam na higiene do cão sem agredir a pele. Produtos como shampoo a seco, sprays de higiene, lenços umedecidos próprios para pets e perfumes específicos, sempre com orientação profissional, removem sujeiras superficiais e prolongam a sensação de limpeza, sobretudo em cães de apartamento ou com pele sensível e alérgica.
Por que o cachorro se coça e quando é preciso se preocupar
Ver o cachorro se coçar ocasionalmente é normal, mas coceiras intensas ou constantes podem indicar problemas. As causas vão de questões emocionais, como tédio e ansiedade, até alergias, pulgas, sarna, dermatites de contato ou reações alimentares, que exigem investigação cuidadosa.
Quando a coceira vem acompanhada de vermelhidão, feridas, crostas, queda de pelos ou mau cheiro, é fundamental procurar um médico-veterinário. No consultório, o profissional avalia ambiente, alimentação, rotina e controle de parasitas, indicando tratamentos com medicamentos, shampoos específicos e ajustes de manejo para controlar o quadro.
Quais cuidados ajudam a prevenir problemas de pele e coceira
Prevenir é mais simples do que tratar problemas de pele já instalados. Uma rotina de higiene canina bem feita reduz o risco de alergias, infecções, fungos e infestação por pulgas e carrapatos, especialmente em animais com pele sensível ou histórico de dermatites.
Para organizar melhor esses cuidados diários, vale prestar atenção em alguns pontos básicos do manejo do cão e do ambiente onde ele vive:
- Controle de pulgas e carrapatos: uso regular de pipetas, comprimidos ou coleiras antiparasitárias, respeitando a duração indicada pelo fabricante.
- Shampoos específicos: produtos antipulgas, antifúngicos ou calmantes podem ser recomendados pelo veterinário para prevenção e alívio da coceira.
- Ambiente limpo: cama, cobertores e tapetes higienizados com frequência reduzem ovos e larvas de parasitas e micro-organismos.
- Banhos bem feitos: enxágue completo, secagem adequada e uso de produtos próprios para cães, evitando itens de uso humano.
- Atenção ao clima: em regiões muito quentes e úmidas, o cuidado com pulgas, fungos e bactérias precisa ser ainda mais rigoroso.

Quais são os cuidados de higiene básicos no dia a dia do cão
Além do banho e da escovação, a higiene do cachorro inclui limpeza de ouvidos, olhos, dobrinhas da pele, focinho, dentes e unhas. Em raças com muitas pregas faciais, manter essas áreas bem limpas e secas evita mau cheiro, irritações e infecções por fungos e bactérias, enquanto em outros cães o foco costuma ser ouvidos, boca, pelos e unhas.
Para visualizar de forma simples os principais cuidados, é possível organizar uma rotina básica que, se iniciada ainda no filhote, ajuda o cão a se acostumar a ser tocado em patas, boca, orelhas e olhos, tornando o processo mais tranquilo:
- Ouvidos: limpeza suave com solução indicada e algodão ou gaze, evitando enfiar objetos dentro do canal auditivo.
- Olhos: remoção diária de secreções com gaze e solução apropriada, observando qualquer secreção amarelada, espessa ou com cheiro.
- Dentes: escovação com pasta própria para cães, introduzida aos poucos, preferencialmente desde filhote, para prevenir tártaro e mau hálito.
- Unhas: corte periódico, geralmente a cada 15 a 30 dias, com cortador específico para animais e cuidado com a parte vascularizada.
- Patas e almofadinhas: em alguns cães, o pelo entre os dedos precisa ser aparado para evitar escorregões, nós e acúmulo de sujeira.