
Nova Iguaçu e Rio de Janeiro - A Polícia Federal realizou, nesta terça-feira (23/12), uma ação no Rio de Janeiro para combater crimes de abuso sexual infantojuvenil na internet. A operação teve como foco o armazenamento e compartilhamento de arquivos com cenas desse tipo de violência e reforçou o alerta às famílias sobre prevenção e segurança digital.
Operação Olho de Hórus XIII: o que aconteceu
A Polícia Federal deflagrou a Operação Olho de Hórus XIII nesta terça-feira (23/12), com o objetivo de reprimir crimes de armazenamento e compartilhamento de arquivos contendo cenas de abuso sexual infantojuvenil na internet. Foi cumprido um mandado de busca e apreensão em Nova Iguaçu/RJ.
Celular apreendido será periciado
Durante a ação, a PF apreendeu o aparelho celular do investigado, que será submetido à perícia técnica criminal.
Investigação começou em 2020 após rondas virtuais
As investigações tiveram início em 2020, após rondas virtuais identificarem o crime por meio de contas de apps de fotos e de mensagens, atribuídas ao suspeito.
Esse tipo de apuração, segundo a própria dinâmica descrita no caso, reforça como ambientes digitais podem ser usados para crimes graves e como rastros tecnológicos podem ser determinantes para a investigação.
Por que a PF evita o termo “pornografia” nesses casos
Embora o termo “pornografia” ainda apareça na legislação brasileira — citado no texto como o art. 241-E da Lei nº 8.069/1990 (ECA), que descreve situações envolvendo criança ou adolescente em atividades sexuais explícitas (reais ou simuladas) ou exibição de órgãos genitais com finalidade primordialmente sexual —, há um entendimento internacional de que a nomenclatura mais adequada é “abuso sexual de crianças e adolescentes” ou “violência sexual de crianças e adolescentes”. A mudança de linguagem busca dimensionar corretamente a gravidade e a violência infligida às vítimas.
Alerta aos pais: prevenção e monitoramento são essenciais
Além da investigação, a Polícia Federal reforçou orientações a pais e responsáveis sobre a importância de monitorar e orientar crianças e adolescentes no ambiente virtual e físico.
Medidas práticas citadas como proteção
- Conversar abertamente sobre os perigos do mundo virtual
- Explicar o uso seguro de redes sociais, jogos e aplicativos
- Acompanhar de perto as atividades online dos jovens
Sinais de atenção no dia a dia
A PF também menciona que mudanças de comportamento podem indicar risco, como:
- Isolamento repentino
- Segredo em relação ao uso do celular e do computador
O que ensinar para crianças e adolescentes
Segundo o alerta, é importante orientar sobre como agir diante de contatos inadequados, reforçando que:
- Podem e devem procurar ajuda
- Devem saber que a denúncia e o apoio são caminhos de proteção
A prevenção, conforme reforçado, é uma das formas mais eficazes de garantir a segurança e o bem-estar de crianças e adolescentes — e a informação segue como instrumento capaz de salvar vidas.